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CMAB | Braga| 7 Jul 2016
"O que vão lá fazer?"
Davide Duarte, Margarida Carvalho e Jorge Vilaça Comunidade Salama! Cooperação Missionária Braga-Pemba
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  © Davide Duarte | Braga

1. Somos três cristãos da Arquidiocese. Iremos ser enviados a partir da Igreja de Braga, pela mão do Sr. D. Jorge Ortiga, no dia 17 de julho, para a Diocese de Pemba-Moçambique, em nome de Deus e de todos os cristãos de Braga. Integramos um projeto de cooperação missionária entre as duas Dioceses (assinado em 2014 e coordenado pelo Centro Missionário Arquidiocesano) chamado “Salama”, expressão comum a vários dialetos moçambicanos que significa “olá, bom dia”. Por mandato do Bispo de Pemba, D. Luiz, assumiremos a missão de Santa Cecília de Ocua, situada a cerca de 200km da cidade de Pemba (Diocese com cerca de 600km). Temos entre 28 e 38 anos, com formação académica em Arquitetura, Enfermagem e Teologia, mas essencialmente somos batizados em Cristo.

2. Desde o dia em que nos foi colocado o desafio de partir em missão, tudo aquilo que nos parecia “certeza” passou a ser dúvida. Estas “certezas” foram postas em causa pelo “bombardeamento” de perguntas que surgiam interiormente: será que são as nossas “certezas” a melhor opção de vida? Porque ir e não ficar? Porquê eu e não outro? Porquê agora e não depois? A partir daí, entramos num processo de reflexão, procurando a serenidade necessária para melhor entendermos aquilo que Deus quer de nós. É este sentimento de vida comprometida em seguir Jesus Cristo que nos move na busca de sinais para melhor entendermos a Missão da nossa vida neste mundo.

Não é fácil explicar que vamos deixar o conforto das nossas casas, famílias, amigos, grupos, vida paroquial e trabalho, para nos dedicarmos a um projeto que, na sua origem, é de Deus. “Maluco!” É a reação expressa por alguns! “Coragem!” É o ânimo recebido por quem apoia! “Esperança!” É o nosso sentimento ao encarar esta nova etapa de crescimento missionário! Arriscado? Não. Da mesma forma que sentimos a presença de Deus no nosso caminhar, temos esperança de continuar a sermos levado ao Seu colo nos maiores problemas encontrados.

3.  É difícil definir uma resposta sobre o que, em concreto, vamos lá fazer: “Salama” é um projeto novo. Partimos para uma Missão desconhecida, por mais que a formação prévia nos falasse do local, das condições, do povo e da cultura. Apesar de haver enormes possibilidades de trabalhos a realizar, é difícil saber ao certo o que nos espera. Vamos ensaiamos algumas respostas a partir do levantamento das necessidades que foi feito (um posto de saúde e uma escolinha desativados, uma casa em ruínas, 82 comunidades cristãs a assistir...). Mas, para sermos verdadeiros, diríamos melhor assim: “Nada. Não vamos fazer nada. Vamos tentar ser cristãos com as pessoas que encontrarmos”. Partimos com esta disponibilidade e abertura para uma vivência missionária dedicada, de partilha e a oferta do nosso ser em coração, alma e corpo. Para isso, levaremos na bagagem todos os sentidos para poder estar/aprender mais nesta experiência de partilha/comunhão com as comunidades de Pemba. OBSERVAR, ESCUTAR e ESTAR com as comunidades cristãs serão as três palavras de ordem. Depois, Deus nos conduzirá às necessidades mais importantes… Antes de querer fazer muitas coisas, ser útil, ou deixar “obra construída”, partimos com o objetivo claro de tentar viver em comunidade com a população que nos acolherá. Fascina-nos este sentido de partilha e acreditamos que é nesta comunhão que melhor conseguimos experimentar as riquezas Deus. O que vamos lá fazer sinceramente não nos inquieta. Levamos somente a vontade de estar presente, de dar o melhor de nós, de viver e ser cristãos com eles e “pouco com Deus será muito”.

4. Todos somos chamados a “partir em Missão”. Não obrigatoriamente para outro continente ou para um outro país. Sim, a missão começa dentro da nossa própria casa ou emprego, sendo, muitas vezes, para as “pequenas” missões vividas no dia-a-dia que Deus nos pede maior atenção! Contudo, o missionário tem sempre de partir, de se desinstalar. Enviados em nome de uma Igreja num projeto que é de Deus. O que vos pedimos? Que rezem por nós. Que não se esqueçam que é também em vosso nome que partimos. Prometemos dar notícias por este e por outros meios.

“Como Eu fiz, fazei vós também”. Este foi o lema que conduziu a nossa Arquidiocese durante este ano pastoral, chamado “missionário”. Pemba foi a Diocese que tornámos irmã (e os irmãos também se escolhem). Daremos e receberemos como dão e recebem os irmãos. A vossa bênção, irmãos e irmãs de Braga, em Cristo.

Artigo publicado no Suplemento Igreja Viva de 07 de julho de 2016.

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