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A ressurreição de Jesus é preâmbulo e garantia da nossa ressurreição, não só no final da vida mas também no quotidiano. Esta vida de ressuscitados exige que mergulhemos num amor renovado e que perseveremos em atitude de contemplação, alegre e festiva, para um encontro pessoal e efectivo. Ele ressuscitou e nós permanecemos ao lado do Vivente para, no quotidiano, saborearmos a beleza do Seu amor.
Afeiçoados às coisas do alto, gostamos de dedicar tempo e energias para as compreender e permitir que entrem nos nossos dinamismos. A finalidade última é que elas nos levem a comportamentos novos e diferentes que repetimos com agrado e prazer. Mergulhar nas coisas do alto exige tempo e merece dedicação por tudo aquilo que nos proporciona. A felicidade prometida só acontecerá depois de experiências concretas de verdadeira intimidade. Para além de exigir tempo, afeiçoar-se à contemplação supõe uma progressividade, ou seja, darmos pequenos passos todos os dias, recomeçando e procurando avançar sempre mais nesta experiência que se tornará de grande gozo e prazer, na medida em que formos perseverantes e obedientes a um programa de fidelidade que concretizamos de um modo consciente.
Procuremos, por isso, como atitude reflectida e assumida aspirar e afeiçoarmo-nos às coisas do alto. O resto é uma consequência natural e normal. Esta opção dar-nos-à a felicidade que procuramos em lugares e coisas que prometem muito mas nunca poderemos experimentar a felicidade que procuramos. Por vezes andamos perdidos e desencantados como os apóstolos que inicialmente não quiseram acreditar na Ressurreição. Precisaram de ver e ouvir a voz do Mestre. Aproximemo-nos desta voz que a Palavra contemplada nos oferece. Afeiçoemo-nos a realidades que, partindo do terreno, estão para além das suas propostas. Só o alto nos satisfaz. Corramos para o sepulcro vazio e partamos com a alegria de mostrar que Jesus está vivo, aqui e agora, através da vida daqueles e daquelas que dizem acreditar. Que a Páscoa nos leve para o alto e eleve a vida da humanidade. Que esta Páscoa nos torne felizes porque acreditamos que Cristo está vivo, em nós e entre nós. Esta é a diferença que o mundo precisa de ver nos cristãos.
† Jorge Ortiga, Arcebispo Primaz
Pode descarregar abaixo o PDF da homilia na íntegra.
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