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D. Jorge Ferreira da Costa Ortiga | 17 Dez 2004
Natal, Pão Repartido - Mensagem de Natal
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Natal, pão repartido Com o nascimento de Cristo inicia-se uma aventura divina. Deus, no Seu amor infinito pela humanidade, identifica-se com o ser humano para que este queira aderir a Ele através duma vida que antecipa a realidade do Paraíso. O Natal torna-se, deste modo, consciência e interpelação para reconhecer a presença divina entre nós. O materialismo parece querer distrair-nos desta realidade. Acontece que Ele veio para ficar. Forma preeminente desta presença é a Eucaristia. Aí o milagre acontece e assume-se a responsabilidade de visibilizar essa presença. Infelizmente, habituados à celebração, esquecemo-nos da missão de colocar Cristo na história da humanidade e defraudamos os conteúdos duma Eucaristia autêntica. Ela não pode ser mero acto passageiro. Deveria tornar-se, por um lado, luz que, na turbulência hodierna, indica caminhos duma sociedade mais justa e fraterna; por outro, vida que, no encontro com as variadas negações de vida, se empenha e compromete em dar dignidade e estatuto de humanidade a quem se vê dele privado ou desconsiderado. Natal torna-se, assim, empenho pela vida toda e de todos. O Menino Jesus leva-me a sonhar no compromisso que aqueles e aquelas que se alimentam de Cristo devem assumir em beneficio das crianças. São muitas as feridas, na sua dignidade, pelos adultos que as humilham na sua situação de indefesas. Vejo-as obrigadas a mendigar, abandonadas à sua sorte e privadas dum amor e calor familiar. Sinto-me indignado com a degradação familiar, os abusos sexuais, o trabalho infantil, o aproveitamento para o tráfico de drogas, o encaminhar para a prostituição a enriquecer uns poucos… Não deverá o Natal, em Ano Eucarístico, tornar-se apelo à coragem da esperança que uma análise serena sobre o modo como elas são tratadas na família, na sociedade, na Igreja poderá alterar o rumo desta situação que envergonha uma sociedade considerada evoluída? Se a Eucaristia nos responsabiliza pela vida digna das crianças, teremos de encontrar o dinamismo suficiente para imprimir um cunho vocacional a favor da vida no quotidiano dos crentes. Nesta quadra natalícia não posso ignorar os resultados do Diagnóstico que efectuamos, como Arquidiocese, sobre a nossa acção social e as respostas que, como Igreja, damos à pobreza e às suas formas novas e variadas. Ninguém ignora a dramaticidade de casos de exclusão social aliados a alguma miséria, álcool, desemprego e dependência de drogas. Perante este mundo que parece oculto, a Igreja deve oferecer vocações que, em nome de Cristo, ofereçam “vida e vida em abundância”. O Natal não poderá acordar muita gente? E a simplicidade do Menino de Belém não será capaz de seduzir e cativar jovens – rapazes e raparigas – para esta entrega totalizante para o Mundo Novo de maior fraternidade e amor? O Natal acontece na vida autêntica que temos e naquela que, através da doação, oferecemos. Um Natal com a coragem duma esperança renovada dum mundo com pão para todos. Braga, 17.12.2004 + Jorge Ortiga, Arc. Primaz N.B. Esta Mensagem encontra-se disponível nos Estúdios da Rádio Renascença que a disponibilizará a quem pretender.
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