Arquidiocese de Braga -
15 julho 2025
XVI Domingo Tempo Comum | C

“Ouvia a sua palavra”
Celebrar em comunidade
Itinerário simbólico
Arranjo floral com cores diversas.
Sugestão de cânticos
[Entrada] Que bom, Senhor – M. Carneiro
[Preparação Penitencial] Kyrie, eleison – J. Berthier
[Liturgia da Palavra] Fala, Senhor, eu quero escutar – F. Silva
[Apresentação dos dons] Em redor do Teu altar – M. Carneiro
[Comunhão] Jesus entrou numa aldeia – A. Cartageno
[Final] Peregrinos da Esperança (Hino Jubileu)
Eucologia
[Orações presidenciais] Orações do Domingo XVI do Tempo Comum
[Prefácio] Prefácio Dominical VII do Tempo Comum
[Oração Eucarística] Oração Eucarística II
[Bênção] Bênção solene do Tempo Comum III
Catequese Mistagógica
Kyrie, eleison
Com um coração pobre e humilde, que é capaz de reconhecer que somos pecadores e de pedir perdão, vivemos em cada celebração o momento de preparação penitencial. Após este momento, a comunidade reunida em assembleia aclama o Senhor e implora o seu perdão, por ter a experiência de saborear a misericórdia com que nos abraça sempre.
Esta aclamação pode usar diversas fórmulas, tais como: Senhor, misericórdia, Senhor, tende piedade de nós, Kyrie eleison, salvo se já tiver sido incluído na preparação penitencial. “Dado tratar-se de um canto em que os fiéis aclamam o Senhor e imploram a sua misericórdia, é normalmente executado por todos, em forma alternada entre o povo e a schola ou um cantor. Cada uma das aclamações diz-se normalmente duas vezes, o que não exclui, porém, um maior número, de acordo com a índole de cada língua, da arte musical ou das circunstâncias. Quando o Kyrie é cantado como parte do ato penitencial, cada aclamação é precedida de um «tropo»” (IGMR 52).
Desta forma, procuramos tomar consciência mais fecunda de que a misericórdia de Deus vem sempre ao nosso encontro.
Ministérios Litúrgicos
O exercício de um ministério pode ser uma desculpa para estar “entretido” nas celebrações: o sacristão vai para aqui e para ali, o acólito mexe nisto e naquilo, o diácono ajeita e desajeita, o celebrante remexe de novo. A todos Jesus diz: “andas inquieto e preocupado com muitas coisas, quando uma só é necessária”. Por isso tudo deve ser preparado com antecedência para ter o coração disponível para o único necessário. Estar sentado aos pés do Mestre é a atitude do discípulo que ouve tranquilo, mas também abdicando de qualquer atividade para além da aprendizagem.
Liturgia da Palavra
Podemos dar especial destaque à proclamação da Palavra de Deus. Para isso, sugerimos que, após a oração coleta, seja feita a seguinte introdução à proclamação da Palavra de Deus:
Nas leituras deste Domingo, encontramos três modelos de acolhimento: Abraão, Marta e Maria. Abraão está atento, partilha tudo o que tem e encontra no hóspede que entra na sua tenda a figura do próprio Cristo. Marta e Maria acolhem Jesus em sua casa: Marta mais preocupada em que nada falte para o acolhimento do Mestre, Maria escolhe a melhor parte, colocando-se aos pés de Jesus, disponível para escutar a sua Palavra.
Sintamo-nos interpelados por estes modelos de acolhimento para também nós escutarmos Deus que nos fala. Escutemos e acolhamos a Palavra de Deus com atenção!
No final da admonição, enquanto os leitores e o(a) salmista se aproximam do Ambão, propomos que se cante “Fala, Senhor, eu quero escutar” – F. Silva.
Evangelho para os jovens
“Maria escolheu a melhor parte, que não lhe será tirada” (Lc 10, 42). Com as férias à porta, cai-nos muito bem este episódio do encontro de Jesus com Marta e Maria, irmãs de Lázaro. A censura de Jesus a Marta, pela sua agitação interior e pelo seu frenesim descontrolado, parece um claro sinal de “stop”, quando já não conseguimos parar, para escutar, conversar, rezar e descansar. Na verdade, quem não descansa, não avança. O elogio a Maria, pela sua hospitalidade serena, feita sobretudo de “escuta atenta aos pés do Senhor”, desafia-nos a escolher a melhor parte, a dar espaço e tempo ao recolhimento interior. É preciso rezar, não para deixar de fazer o bem necessário, mas para nos defendermos dos perigos de uma atividade excessiva, pois uma vida frenética acaba, muitas vezes, por endurecer o coração.
O tema da hospitalidade, praticada por Abraão, por Marta e por Maria, abre-se para horizontes transcendentes: trata-se de acolher o próprio Deus. Eis um bom programa para as férias, a concretizar em tantos encontros que nestas semanas de banhos, romarias e peregrinações se multiplicam. E igualmente um desafio a criar espaços de silêncio e contemplação para a melhor parte, ou seja, em que a Palavra de Deus se possa escutar.
Oração Universal
V/ Caríssimos irmãos e irmãs: como Maria, sentada aos pés de Jesus, instruídos pelo que aprendemos, façamos subir ao Céu as nossas súplicas, dizendo confiantes:
R/ Acolhei, Senhor, a nossa súplica.
1. Para que nas Dioceses e Paróquias de todo o mundo os anunciadores do Evangelho deixem Cristo falar nas suas palavras, oremos.
2. Para que sejam vencidas em toda a parte a ignorância, a discriminação, as desigualdades, os abusos, a guerra, e se fortaleça a cultura, a concórdia, a paz e a amizade, oremos.
3. Para que os cristãos saibam acolher, como Abraão, Marta e Maria, os que vêm até eles com fome e sede ou qualquer outra necessidade, reconhecendo que em cada pobre se revela o rosto de Cristo, oremos.
4. Para que os que viajam o façam em segurança, os migrantes cheguem a suas casas, e os enfermos e moribundos sejam aliviados das suas dores, oremos.
5. Para que aqueles que vão ter férias e os que nunca as tiveram vivam um tempo de lazer, mas também de aprofundamento da fé, oremos.
V/ Concedei, Senhor, a cada pessoa a graça de Vos servir nos mais pobres e fazei que os cristãos do mundo inteiro, à semelhança de Maria, irmã de Marta, saibam escutar a Palavra de Jesus. Ele que vive e reina por todos os séculos dos séculos.
R/ Ámen.
Encontrar o Pão na Palavra
Meditação Eucarística
Marta representa a vida ativa e Maria a vida contemplativa. Jesus proclama a primazia desta última. Nas últimas décadas, valorizou-se muito a chamada “participação ativa dos fiéis”. Todavia também se confunde “participação ativa” com o apressuramento em ter de fazer sempre qualquer coisa. Se, por vezes, os fiéis são mais solicitados à participação ativa, por exemplo, durante a apresentação dos dons, noutros momentos, a passividade acolhedora de Maria é a mais requerida: assim acontece durante a escuta da Palavra de Deus e grande parte da Oração Eucarística. Nesses momentos, somos chamados a refrear qualquer ativismo. A Eucaristia torna-se assim a atualização permanente da escolha de Maria, a melhor parte que não será tirada.
Sair em missão
Nesta semana, iluminados pelo exemplo de Maria que se coloca aos pés de Jesus para escutar, propomos que cada um se coloque à escuta e à contemplação do Mestre, abeirando-se do Santíssimo Sacramento, ora na solene exposição, ora no sacrário da nossa Igreja.
Download de Ficheiros
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Pão na Palavra
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