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DACS | 6 Out 2021
Papa expressa dor perante relatório de abusos na Igreja em França
Relatório sobre abusos sexuais na Igreja Católica na França estima em mais de três mil os padres e religiosos envolvidos nestes crimes, com mais de 300 mil vítimas, desde 1950.
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  © DR

O Papa Francisco recebeu o relatório divulgado esta terça-feira sobre abusos sexuais na Igreja Católica na França com dor e tristeza. As conclusões apontam para mais de três mil padres e religiosos envolvidos e mais de 300 mil vítimas entre 1950 e 2020.

O relatório, resultado de dois anos e meio de investigação, foi elaborado por uma comissão independente sobre os abusos sexuais de menores por membros do clero e institutos religioso ou em instituições da Igreja Católica. A comissão foi criada em 2018 pela Conferência Episcopal Francesa e o coordenador, Jean-Marc Sauvé, já tinha admitido que os números do relatório são uma uma estimativa por baixo”.

De acordo com o Vaticano, os pensamentos de Francisco foram em primeiro lugar para as vítimas, com imensa tristeza pelos seus ferimentos e gratidão pela sua coragem de os denunciar”.

O Papa espera também que a Igreja na França, depois de tomar consciência desta terrível realidade e unida ao sofrimento do Senhor pelos seus filhos mais vulneráveis, possa empreender o caminho da redenção”.

Na conferência de imprensa de apresentação do relatório, Jean-Marc Sauvé citou uma carta de uma vítima para dizer que o que surgiu em quase dois anos e meio pode ser “desestabilizador e desencorajador”, mas dá esperança para “um novo início”.

François Devaux, vítima do padre Preynat na Arquidiocese de Lyon e co-fundador da associação La Parole Libérée, falou em nome das vítimas de abusos, criticou as “disfunções sistémicas” que enfrentou e pedu que a Igreja “pague por estes crimes”.

A arcebispo de Reims e presidente da Conferência Episcopal Francesa, D. Éric de Moulins-Beaufort, reconheceu a extensão “assustadora” da violência na Igreja e assumiu “vergonha e tristeza”.

A presidente da Conferência das Religiosas da França, irmã Véronique Margron, manifestou “tristeza infinita” e “vergonha absoluta” perante estes crimes.

As duas instituições reagiram em comunicado conjunto à divulgação do relatório com vergonha, gratidão e determinação”.

“O nosso pensamento e a nossa imensa dor, como mulheres e homens, como bispos ou superiores e superioras dos institutos religiosos, vão sobretudo para as vítimas; os que puderam falar, os que ainda não conseguiram ou nunca poderão falar e os que já morreram. Nada pode justificar que eles não tenham sido ouvidos, acreditados, apoiados, ou que a maioria dos culpados não tenha sido denunciada e julgada”, afirmam as duas instituições.

O relatório faz 45 recomendações, incluindo o fortalecimento dos mecanismos de controlo interno na Igreja, uma melhor definição do papel do bispo e um melhor envolvimento dos leigos no governo da Igreja. 

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Palavras-Chave:
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