III DOMINGO DA QUARESMA, ANO C

O Terceiro Domingo da Quaresma (Ano C) põe em evidência a misericórdia e a conversão: recebemos a graça divina, a fim de produzir em nós o fruto da conversão. Deus é «clemente e compassivo», torna-se presente para revelar que conhece a realidade em que se encontra o seu povo: «Eu vi a situação miserável do meu povo no Egito; escutei o seu clamor provocado pelos opressores. Conheço, pois, as suas angústias». Deus é paciente para com todos: «Talvez venha a dar frutos». Porque nos conhece, não desiste de apelar à esperança. Porque nos conhece, não deixa de advertir para a fragilidade das nossas decisões: «Quem julga estar de pé tome cuidado para não cair». Não há ‘imunidade’ só pelo facto de sermos batizados. Não podemos relaxar!

Pedir a graça que pode tornar proveitosa a oração do exame: é o segundo passo. Alguém dizia que pergunta ao Senhor: «O que me queres mostrar a respeito deste dia? O que queres que eu veja que se tenha passado neste dia?». Em vez de formular a minha opinião sobre o modo como decorreu cada jornada, disponho-me, com paciência, a perceber qual é a ‘opinião’ de Deus. Este exercício de petição incute em nós «um caloroso e intenso sentimento de esperança» (Timothy M. Gallagher). Só a partir da esperança, a oração se torna capaz de transformar o nosso estilo de vida, de nos revelar a capacidade que já temos de vir a dar frutos. Com humildade e esperança, pedimos a Deus que derrame sobre nós, com abundância, a graça e a misericórdia.