VIGÉSIMO SEXTO DOMINGO, ANO B

A palavra de Deus convida a acolher com benevolência todas as pessoas que fazem o bem: «Quem não é contra nós é por nós». O Espírito Santo não reconhece as barreiras que queremos impor aos outros. Como o vento, sopra onde quer e ninguém pode ousar ser destinatário exclusivo dos seus dons: «Quem dera que todo o povo do Senhor fosse profeta». E também não podemos pensar que temos o direito de exigir este ou aquele privilégio em função das nossas riquezas ou da nossa pertença à Igreja. O mais importante, em virtude dos ensinamentos divinos que «alegram o coração», é atender às necessidades dos outros. Não optar por «uma vida regalada e libertina», mas por uma vida orientada pelo amor, no seguimento de Jesus Cristo.

O bem comum e a procura do bem do outro produz uma vida saudável e abençoada. A benevolência é compromisso por tudo o que «impele a encher a vida dos outros com coisas belas, sublimes, edificantes» (FT 112). O benevolente cultiva os valores da fraternidade, em detrimento do foco exagerado no bem-estar material. «Voltemos a promover o bem, para nós mesmos e para toda a humanidade, e assim caminharemos juntos para um crescimento genuíno e integral. Cada sociedade precisa de garantir a transmissão dos valores; caso contrário, transmitem-se o egoísmo, a violência, a corrupção nas suas diversas formas, a indiferença e, em última análise, uma vida fechada a toda a transcendência e entrincheirada nos interesses individuais» (FT 113).