DOMINGO DE RAMOS, ANO C

A caminhada com Jesus Cristo ‘até Jerusalém’ chega à última etapa: eis-nos no início da Semana Santa, o Domingo de Ramos (Ano C). Aclamamos o servo que, pela morte e ressurreição, nos faz participantes do amor e da vida. Nele, reconhecemos «o Rei que vem em nome do Senhor». Ele, «que era de condição divina [...] tornou-se semelhante aos homens». Ele vem dizer «uma palavra de alento aos que andam abatidos». Nele, no seu sangue, é selada para sempre a relação entre Deus e a Humanidade: «Este cálice é a nova aliança no meu Sangue, derramado por vós». Desde então, o sinal da cruz tornase o ponto da salvação. Agradecido, «hei de falar do vosso nome aos irmãos», hei de proclamar a vitória do amor e da vida.

A decisão de seguir em frente renovado pelo amor: eis o quinto e último passo. «Propor emenda com a sua graça» (EE 43), diz Santo Inácio, é o propulsor do crescimento espiritual. Olho para diante, para a renovação, e projeto a graça dos passos anteriores sobre esse novo tempo. Este exercício permite que o passado (do primeiro ao quarto passo) ilumine o futuro (quinto passo). Certo de que hei de chegar à autêntica ‘páscoa’. Podem até ser decisões aparentemente pequenas, mas com enorme potencial, como uma palavra de alento ou um gesto de gratidão. A prática quotidiana da oração do exame – está confirmado neste passo – fortalece a decisão de seguir em frente por entre as complexidades da vida com uma paz e confiança cada vez mais profundas.