VI DOMINGO DE PÁSCOA, ANO C

O livro dos Atos dos Apóstolos descreve o progresso da evangelização e a vida das primeiras comunidades cristãs. Em Antioquia, surge uma questão controversa: É necessária a circuncisão? Nas decisões, o Espírito assiste a Igreja: «O Espírito Santo e nós decidimos». Graças ao Espírito Santo, podemos acolher e partilhar a paz do Ressuscitado. O cristão é fruto de uma profunda relação de amor: «Quem Me ama guardará a minha palavra e meu Pai o amará; Nós viremos a ele e faremos nele a nossa morada». Juntos, cantamos a nossa alegria: «Os povos Vos louvem, ó Deus, todos os povos Vos louvem». Na proximidade do Pentecostes, iluminados pelo brilho «resplandecente da glória de Deus», abrimos o nosso coração ao dom do Espírito Santo.

O amor infinito de Deus é capaz de transformar a nossa vida. A convicção de ser filho amado desperta no coração humano a sede de comunhão, o desejo de querer a vontade de Deus e de lhe responder com determinação e eficácia. O fundamento do processo de discernimento assenta nesta tomada de consciência de que Deus ama sem cessar: Deus ama-me; Deus perdoa todos os meus pecados; Deus cura as minhas feridas; Deus enche-me de paz; Deus tem uma missão para mim neste mundo. «O fundamento está aqui: a descoberta da fé, o encontro exultante de alegria com Deus, uma relação continuada com Deus e o desejo de responder a Deus» (Timothy M. Gallagher). Surge, com naturalidade, a alegre decisão de querer a vontade divina. Cheios do Espírito Santo!