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Departamento da Pastoral Universitária | 28 Abr 2020
Ser Jovem em tempos de Covid-19
Gonçalo Martins, 3º ano Curso de Direito, UMinho
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Ser Jovem. Viver a vida na flor da idade. Aquilo que os nossos honrosos antecessores sempre apelidaram de “os melhores momentos da nossa vida”. As memórias e recordações que farão de nós o protagonista do amanhã e nos moldarão enquanto agentes da sociedade. 

Prima facie, constata-se que talvez nenhum de nós consiga, a termo definitivo e acurado, definir a nossa verdadeira missão. Vivemos tempos em que nos pedem para fazer tudo e não fazer nada. Seguimos indicações sem latitude, sem qualquer senso de Norte. Parece, por isso, primordial, que apenas individualmente estamos habilitados a erguer as nossas próprias diretrizes e ser capazes de nos desenvolver enquanto embriões do meio em que vivemos. De seguida, a questão que poderíamos colocar seria: quais as ferramentas para sabermos o que significa ser jovem? Centrando a resposta naquelas que devemos considerar como essenciais, encontramos, em lugar de destaque, a fé. No que concerne a este atributo, o de acreditar em determinada ideia, devemos afastar-nos das conceções clássicas que apontam que para sermos crentes nos prestamos a abster de qualquer dúvida, não podendo comparar a lógica a fenómenos psicológicos. A ótica que temos de defender é a de que a fé permite o lugar da dúvida, de questionarmos o que nos rodeia, de nos importarmos com sabermos os nossos limites e capacidades. 

Vivemos tempos de mudança, perante uma iminente crise social e económica, seria ingénuo compelir o comum jovem a acreditar que tudo ficará bem independentemente do que possa acontecer, levá-lo a crer que, ausente de qualquer mudança, lhe basta acreditar no destino que o guia. Não. É hora de nos reinventarmos, de sermos aqueles que nunca ponderamos vir a ser. Adaptando-nos ao nosso meio, com recurso às novas tecnologias, podemos ser a voz do futuro, aqueles que um dia arregaçaram as mangas e não tiveram medo de arriscar, de acreditar na força da comunidade para enfrentar uma das crises mais sombrias da história mundial. Seguindo o exemplo da já elogiada “vizinha solidária” (merecedora de destaque num dos discursos da Presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen), cabe-nos ser solidários, de confiar no próximo, de o acolher no nosso seio e fazer com que tudo não passe de um “breve pesadelo”, o amor será sempre a solução a procurar. Aproveitemos para nos construir, para recorrer à colossal informação que temos à disposição para sermos a melhor geração que até agora pisou este lindo jardim a que chamamos “Planeta Terra”. 

Não é hora de nos conformarmos com as dificuldades impostas, de teimarmos em não nos fazer ouvir. Juntos somos capazes de içar estandartes de solidariedade, fraternidade, comunitarismo e superação. Não devemos procurar soluções de resposta em que cada um de nós tente responder individualmente às suas dificuldades, alheio a quaisquer preocupações com aquele que o rodeia. Estamos unidos na mesma maré, se combatermos a indiferença não teremos uns em frágeis jangadas, em apuros, e outros em supérfluas embarcações. É através das mais pequenas atitudes que construiremos o “barco de recreio” comum, no qual os dias vindouros serão encarados com fé e força. Ajudemos os nossos anciões, aqueles que um dia lutaram por nós e pela nossa liberdade, a não ficarem infoexcluídos, a não serem esquecidos pelas preocupações políticas dos mais distantes. É hora de vivermos em harmonia, de sermos caridosos. És tu o jovem de quem tudo depende. Não te conformes, confio em ti para ultrapassarmos esta fase e escrevermos um novo capítulo no livro que a nos destinaram. 

Fomos incumbidos de uma tarefa, de retirar o máximo proveito de cada dia, de absorver cada suspiro de felicidade, de, em comunhão com os demais, lutarmos por ideais de justiça, integridade e tolerância. “Agora, pois, permanecem a fé, a esperança e o amor, estes três; mas o maior destes é o amor.” (1. Coríntios 13:13)



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