Arquidiocese de Braga -
7 dezembro 2020
ADVENTO UNIVERSITÁRIO

Departamento da Pastoral Universitária
Rui Almeida | Economia (Universidade do Porto)
Perante as grandes notícias, temos tendência a hiperventilar de ansiedade. Se alguém nos disser “Entraste no curso que querias!”, não tarda muito até começarmos a desenhar uma lista interminável de afazeres, magicar mil e um cenários sobre o que aí vem, ou até ficarmos reféns do síndrome “Mas o que é que eu fiz para merecer isto?”.
Perante a tão grandiosa notícia do Natal, a intuição leva-nos a reagir da mesma forma. Mas é aí que o Advento nos põe um travão: este é um tempo para descomplicar e saborear a novidade mais repetida da História. O Advento é o tempo de nos fazermos pequeninos, de reconhecermos o que nos falta e deixarmo-nos contagiar pela magia do amor (um amor cego de Alguém que se faz Homem por nós!). É precisamente desta forma que eu vivo o Advento. Dou um passo atrás na minha auto-proclamada maturidade e procuro cultivar uma perspetiva de criança sobre as coisas.
Faço muitas perguntas, deixo-me facilmente surpreender, contento-me com o simples e não com o extraordinário…! Mas, acima de tudo, ganho consciência das minhas limitações e da necessidade que tenho de que cuidem de mim. É mesmo isso, tentar “reduzir-me” a criança! E deixar-me embalar pela certeza de que os milagres estão para vir.
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