Arquidiocese de Braga -

Nos últimos tempos, temos estado confinados em casa e isto levou, mais uma vez, muitas pessoas a limitar consideravelmente os seus contactos e relações, durante várias semanas e a reduzir ao máximo a sua atividade social.

Todavia este tempo, de aparente inação, tem também sido uma oportunidade de viver responsavelmente os nossos deveres cívicos, de aproveitar ao máximo o nosso tempo e de nos unirmos àqueles que estão a passar por momentos piores com a nossa oração solidária ou palavra amiga.

Mas a incerteza e a paragem necessária podem-nos levar facilmente ao tédio, à apreensão e ao medo. No entanto, temos procurado reinventar técnicas que nos permitem viver este tempo de forma diferente, como por exemplo, aproveitar o tempo para aprender algo de novo, uma língua, uma receita, um instrumento musical, um programa informático, ou aquele curso on-line que sempre quisemos fazer ou até dedicarmos mais o nosso tempo a um hobbie que sempre gostamos, mas que estávamos sempre a queixarmo-nos de não ter tempo, como a leitura, o cinema, a escrita e até fazer algum desporto. Outra das ações que temos aproveitado é ter boas conversas com os que estão perto ou através das videoconferências com os que estão mais longe, tentando sempre ser um apoio para os que estão à nossa volta. O que importar é que não nos deixemos levar por sentimentos negativos, como o medo e o aborrecimento, pois são grandes tentações neste tempo tão difícil que todos partilhamos.

Todos nós reagimos de maneiras diferentes perante as dificuldades e também cada um encontra a força de forma diferente para responder aos desafios desta pandemia.  

No meu caso, eu tenho procurado escutar verdadeiramente a palavra de Jesus Cristo, que me tem ajudado a reagir de forma mais eficaz às dificuldades. E uma das formas que encontrei para o fazer foi através do projeto ICTHUS, dinamizado pela Pastoral Universitária, que me tem levado a aprofundar os conhecimentos da vida de Cristo e a aproximar-me mais da sua mensagem. Os encontros semanais têm-me permitido encontrar em Deus o motor da minha vida, procurando ser o melhor de mim mesmo ao longo desta quarentena.  

Por isso, é necessário sairmos de nós mesmos e procurar aquilo que dá brilho à nossa vida.  

Já te questionaste sobre o que vale o teu tempo e o que estás disposto a fazer com ele? O desânimo não pode vencer!  

O que é preciso é que não tenhas medo de arriscar, pois pode haver portas que deixes escapar por não procurares reinventar-te neste tempo.