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DACS com Vida Nueva Digital | 28 Abr 2022
A Igreja espanhola já arranjou três mil lugares para refugiados da Ucrânia
Após o primeiro acolhimento de emergência, a Conferência Episcopal está em contacto com congregações e dioceses para aumentar a capacidade residencial a longo prazo.
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  © DR

A Igreja espanhola já disponibilizou quase três mil lugares a migrantes e refugiados da Ucrânia no plano de acolhimento de emergência habilitado para responder à crise gerada pela guerra. A informação foi revelada esta manhã por D. José Cobo, como responsável do Departamento de Migração da Conferência Episcopal Espanhola, num encontro com jornalistas no âmbito da Assembleia Plenária dos Bispos da Primavera.

“A primeira coisa que fizemos foi ser um hospital de campanha e responder à emergência, oferecendo tudo o que temos”, explicou sobre esta recepção que inclui seminários, escolas, paróquias, casas de família... Para além disto, já foram contactadas congregações e dioceses para ampliar a capacidade residencial a médio e longo prazo.

 

Modelo próprio

"Estamos preocupados em planear o futuro, tanto para quem quer voltar, quanto para quem quer ficar", explicou, destacando o compromisso da Igreja com “um modelo próprio de integração de longo prazo, centrado na família” que passa pelo conhecimento da língua, da cultura e das oportunidades de acesso ao emprego.

Para isso, Cobo alegou a necessidade de trabalhar “a uma só voz” tanto com o Governo como com as administrações regionais e locais. “Não podemos trabalhar cada um por si: o diálogo com as administrações e outras entidades é essencial", reiterou.

“Precisamos de corredores de hospitalidade”, disse em relação a esta segunda fase de resposta após a primeira emergência, movendo famílias e outros refugiados de uma diocese para outra para responder às suas necessidades e preocupações.

Esses “corredores de hospitalidade” responderiam a um projecto que surgiu no último fim-de-semana na Conferência dos Delegados da Migração.

A par disto, está também em curso a Mesa do Mundo Rural, que visa combater o despovoamento em Espanha esvaziado pela mão desta integração das famílias migrantes.

Sobre a não aprovação dos corredores humanitários por parte do Governo, uma exigência constante da Igreja, o prelado comentou que “nunca foi dito um retumbante não”, mas continuam à espera de novos passos. “Não há conversa onde o projecto não seja apresentado”. Além disso, Cobo revelou que há comunidades autónomas que querem trabalhar nisso, mas é necessária uma cobertura nacional. “Estamos a aguardar a luz verde do Ministério da Inclusão, Segurança Social e Migrações”.

 

Sem discriminação

“Queremos evitar que existam migrantes de primeira e segunda categoria”, sublinhou, em relação a outros fluxos provenientes de África e Ásia. “Antes de rotular, temos que olhar nos olhos daquelas pessoas que fogem de situações dramáticas”, defendeu. “Quando ideologias ou modas vêm à tona, elas geram discriminação. A migração torna-nos melhores”, explicou.

“Nestes dias, o bispo das Canárias contou-nos como as pessoas continuam a chegar às ilhas e também verificamos a realidade de Ceuta e Melilla, que continua complexa, embora os holofotes dos média sejam já estejam ali”, continuou.

 

As redes de tráfico

Neste sentido, José Cobo também manifestou a sua preocupação com as redes de tráfico e da exploração sexual.

“Devemos evitar a discriminação e maus-tratos de mulheres e menores, um problema antigo que ocorre nos fluxos do sul, mas que também está a aparecer na Ucrânia”.

Para o bispo auxiliar de Madrid, estas redes “movem muito dinheiro” e é necessário usar todos os meios para evitá-las.

Questionado sobre a ausência de um documento específico da Conferência Episcopal sobre o desafio migratório, Cobo sublinhou como este representa um eixo principal no pontificado de Francisco.

Artigo de José Beltrán, publicado em Vida Nueva Digital a 28 de Abril de 2022.

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Palavras-Chave:
Espanha  •  Refugiados  •  Migrantes  •  Ucrânia  •  Ceuta  •  Melilla  •  Guerra  •  Paz
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