O Papa Francisco juntou-se ao Arcebispo de Canterburye ao Moderador da Assembleia Geral da Igreja da Escócia numa mensagem em vídeo ao povo do Sudão do Sul e da República Democrática do Congo, na data em que planeavam fazer uma peregrinação ecuménica à região.

Na sua mensagem enviada no sábado, 2 de Julho, o Papa disse aos povos dos dois países que “as palavras neste momento não são suficientes para transmitir a proximidade que gostaria de lhes expressar” e o carinho que sente por eles.

Acrescentou: “O Senhor conhece a minha tristeza por ser forçado a adiar esta tão desejada e tão esperada visita”. O Papa cancelou a visita no início de Junho devido a uma dor no joelho que ameaçava a sua mobilidade.

“Não percamos a fé”, continuou na sua mensagem, “mas sim acalentemos a esperança de nos encontrarmos o mais rápido possível”. Bergoglio presidiu uma missa para a comunidade congolesa em Roma no Domingo, 3 de Julho, quando originalmente estava programado celebrar a missa no aeroporto de Ndolo em Kinshasa, capital da República Democrática do Congo.

O secretário de Estado do Vaticano, o cardeal Pietro Parolin, celebrou missa no aeroporto no seu lugar, depois de viajar para a região na sexta-feira para uma visita de uma semana em nome do Papa.

No mesmo dia, o arcebispo de Canterbury, Justin Welby, divulgou a sua própria mensagem em vídeo na qual rezava pela recuperação do Papa e elogiava a “grande vitalidade e poderosa resiliência” dos sudaneses do sul. Relembrou ainda a sua última visita ao país em 2014.

O moderador da Assembleia Geral da Igreja da Escócia, Iain Greenshields, também divulgou um vídeo lamentando o adiamento da visita e mostrando-se ansioso pelo momento em que poderão ir e “partilhar uma peregrinação conjunta de paz”.

“Esperamos poder ir e, de alguma forma, servir-vos e ajudar-vos”, afirmou.

Artigo de Patrick Hudson, publicado no The Tablet a 4 de Julho de 2022.