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DACS com La Croix | 2 Set 2022
Conselho Mundial de Igrejas reúne-se em assembleia, com a “reconciliação” em foco
São esperados 3.000 a 4.000 visitantes de todas as religiões, que poderão debater e obter informações no local.
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  © ALBIN HILLERT/ALBIN HILLERT/WCC

A Assembleia do Conselho Mundial de Igrejas, que reúne denominações protestantes, anglicanas e ortodoxas, realiza-se de 31 de Agosto a 8 de Setembro, em Karlsruhe (Alemanha). Christian Albecker, presidente da União das Igrejas da Alsácia-Lorena (Uepal), “co-anfitriã” da Assembleia, detalha ao La Croix os desafios deste encontro global.

 

A 11ª Assembleia do Conselho Mundial de Igrejas (CMI) inicia em Karlsruhe, nove anos após o último evento deste tipo (em Busan, Coreia) e cinquenta e quatro anos após a edição europeia anterior, organizada em Uppsala (Suécia). O que é a CMI?

A CMI foi criada em 1948. Foi a Segunda Guerra Mundial que a desencadeou. O Conselho surge do encontro de movimentos missionários protestantes no início do século XX. No terreno, percebemos que todos estavam a competir entre si, e isso não estava de acordo com o Evangelho. Actualmente, a CMI reúne 352 igrejas membros, regionais ou nacionais, que representariam 580 milhões de cristãos, principalmente ortodoxos, anglicanos, baptistas, luteranos e reformados no mundo. A grande ausente do Conselho continua a ser a Igreja Católica. No seu entendimento de si mesma, ingressar na CMI significaria reconhecer outras igrejas como iguais, o que a Igreja de Roma parece não querer fazer. Mas o arcebispo católico de Friburgo, D. Stephan Burger, estará presente na cerimónia de abertura da assembleia.

 

Quais são as principais questões deste encontro?

Karlsruhe foi escolhida como cidade anfitriã da Assembleia porque apresentamos um projecto transfronteiriço, organizado com Igrejas alemãs, francesas e suíças. Quando em 2019 escolhemos “O amor de Cristo conduz o mundo à reconciliação e à unidade” como tema da Assembleia, quisemos sublinhar que, apesar dos conflitos no mundo, dois inimigos hereditários, os franceses e os alemães, encontraram o caminho da reconciliação. Se é possível aqui, deveria ser possível noutros países. Enquanto isso, a guerra na Ucrânia começou. Em Karlsruhe teremos uma delegação do Conselho de Igrejas da Ucrânia e outra da Rússia. Não vão debater publicamente, mas as discussões de corredor podem ajudar, e esperamos gestos fortes dessas duas delegações.

 

Além dessas trocas informais, em que iniciativas é que a Assembleia se irá concentrar?

Haverá ateliês temáticos sobre um grande número de assuntos ética e politicamente sensíveis, como ecologia ou o lugar da mulher na Igreja. De seguida, as delegações oficiais irão votar as declarações. Mas o desafio de como serão recebidas nas igrejas-membro após a assembleia permanece. Este encontro é em si um evento ecuménico: esperamos 3.000 a 4.000 visitantes de todas as religiões, que poderão debater e obter informações no local. Avançamos melhor ao falar “com” do que ao falar “sobre”.

 

O mundo de hoje parece fracturado e dividido, também entre os cristãos. O que resta do ecumenismo?

Abandonamos o sonho de uma Igreja unida. Embora não estejamos na mesma sintonia em muitos assuntos, reconhecemos a Igreja de Cristo nas outras Igrejas. Por exemplo, tenho na minha mesa um Novo Testamento grego do Monte Athos, que me foi dado pela comunidade ortodoxa grega de Estrasburgo em 2017, por ocasião do 500º aniversário da Reforma Protestante. A palavra de Deus, na forma do Evangelho, é nosso tesouro comum. É uma riqueza que devemos fazer frutificar juntos.

 

Como uma Igreja “co-anfitriã” e membro de uma delegação oficial, o que espera desta assembleia?

Queremos mostrar aos visitantes de todo o mundo que a reconciliação é possível. Durante o fim-de-semana de 3 e 4 de Setembro, visitantes e delegações têm um programa de visitas. Em Estrasburgo, vamos simbolicamente oferecer uma visita a uma capela com a qual já não sabíamos o que fazer e que com o tempo se tornou uma comunidade protestante franco-alemã. A ideia é mostrar, sem dar aulas, que outro mundo é possível.

Entrevista de Félicien Rondel, publicado no La Croix a 31 de Agosto de 2022.

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