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O Papa Francisco está se preparando para destacar outra figura cristã notável na história, digna de imitação. Segundo La Croix, em 28 de dezembro o Papa lançará uma carta apostólica sobre São Francisco de Sales (1567-1622), um bispo e escritor espiritual que muitos chamam de "o cavalheiro santo".
O novo documento papal celebrará o 400º aniversário da morte do santo. Natural de Savoy, onde viveu grande parte de sua vida, Francisco de Sales foi nomeado bispo de Genebra (Suíça), mas foi forçado a viver exilado na vizinha Annecy por causa da ascensão do protestantismo na cidade suíça. Tornou-se uma figura importante no Renascimento Católico ou Contra-Reforma, pregando incansavelmente sobre o abandono a Deus.
Francisco de Sales tornou-se sacerdote em 1593 e opôs-se à violência durante toda a sua vida, preferindo apelar à caridade e ao testemunho. Ele foi proibido de falar depois de tentar convencer os calvinistas a retornar à Igreja Romana. Então ele decidiu imprimir e distribuir seus sermões para o povo de Thonon, uma pequena cidade à beira do lago de Genebra. Isso lhe valeria o título de "Padroeiro dos Jornalistas" em 1923.
A "doçura" de São Francisco de Sales
Francisco de Sales fundou a Ordem da Visitação em 1610 como um lugar para viúvas, doentes ou idosas que desejavam abraçar a vida religiosa. Foi canonizado em 1665 e proclamado Doutor da Igreja em 1877.
Pode ser uma surpresa que o Papa jesuíta tenha decidido escrever uma nova carta apostólica sobre Francisco de Sales, já que, até agora, ele falou relativamente pouco sobre o santo francês. No entanto, o Papa fez uma alusão a ele em uma mensagem para o Dia Mundial da Paz de 2019. A paz "é interior e comunitária", disse o papa. "Nas palavras de São Francisco de Sales, mostrar 'um pouco de doçura consigo mesmo' para oferecer 'um pouco de doçura aos outros'", acrescentou. O tema e título dessa mensagem foi “A boa política está ao serviço da paz”, palavras que voltariam a ressoar num contexto de guerra entre a Ucrânia e a Rússia.
Um “modelo de mansidão”
Em 2018, durante a audiência geral de 24 de janeiro, que coincidiu com a festa litúrgica de São Francisco de Sales – o Papa também exortou os jovens a tomarem o santo como “modelo de mansidão” e pediu aos enfermos que encontrem nele um “alívio para oferecer seu sofrimento por a unidade da Igreja de Cristo". Além disso, o Papa convidou os jovens casais a ver em Francisco de Sales "um exemplo para reconhecer na vida familiar a primazia de Deus e seu amor". "A perturbação de todas as coisas", encíclica de 1923, comemorou o 300º aniversário da morte de São Francisco de Sales e o proclamou "Padroeiro dos Jornalistas, Editores e Escritores".
Moderação e caridade
"É Nosso desejo que os maiores frutos devem ser obtidos deste solene centenário por aqueles católicos que, como jornalistas e escritores, expõem, difundem e defendem as doutrinas da Igreja”, disse o falecido papa.
"É necessário que eles, em seus escritos, imitem e exibam em todos os momentos aquela força unida sempre à moderação e à caridade, que era a característica especial de São Francisco", escreveu Pio XI, cumprindo a promessa que seu predecessor Bento XV havia feito alguns anos antes de publicar uma encíclica.
Este texto foi publicado por LaCroix International em 16 de novembro 2022.
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