O Papa Francisco apelou a uma “resposta colectiva responsável” no combate às mudanças climáticas e ao aquecimento global, no âmbito da 22ª Cimeira da ONU sobre Alterações Climáticas (COP22), a decorrer em Maraquexe, Marrocos. A mensagem é dirigida ao ministro dos Negócios Estrangeiros marroquino, que preside à conferência.

Francisco sublinhou a necessidade de uma actuação conjunta “sem demora” e com "responsabilidade ética e moral”. Para tal, considera essencial agir de forma “livre de pressões políticas e económicas, superando interesses e comportamentos particularistas”, com vista à protecção da “casa comum”.

Na sua mensagem, Francisco mostra-se particularmente preocupado com o impacto das alterações climáticas nas populações mais pobres — as mais afectadas — e nas "gerações futuras”.

“A educação e promoção de estilos de vida capazes de favorecer modelos de produção e consumo sustentáveis” são, de acordo com o Sumo Pontífice, parte da solução do problema. Já o estilo de vida “baseado na cultura do descarte” torna-se “insustentável”, sendo um desafio "educacional e cultural" excluí-lo dos modelos de desenvolvimento.

O Santo Padre recordou ainda que o Acordo de Paris procura promover “a solidariedade para com as populações mais vulneráveis e baseia-se nas fortes ligações existentes entre a luta contra as mudanças climáticas e a pobreza”.