Arquidiocese de Braga -

O Papa Francisco e o Patriarca Ecuménico de Constantinopla, Bartolomeu I, publicaram uma mensagem conjunta a propósito do Dia Mundial de Oração pelo Cuidado da Criação, que se assinala hoje.

Ambos alertam para as “consequências trágicas” do desrespeito pela natureza, cujo impacto é sentido sobretudo pelos mais pobres.

O apelo a um “consenso global para que seja sanada a criação ferida” e assim cuidar “das necessidades de quem está marginalizado” é dirigido sobretudo àqueles que ocupam uma “posição de relevo em âmbito social, económico, político e cultural”.

“Deus designou a humanidade como cooperadora na guarda e protecção do ambiente natural”, mas as atitudes e comportamentos da humanidade para com a criação têm ofuscado essa missão, sublinham. 

“A nossa tendência a romper os delicados e equilibrados ecossistemas do mundo, o desejo insaciável de manipular e controlar os limitados recursos do planeta, a avidez de retirar do mercado lucros ilimitados: tudo isto nos alienou do desígnio original da criação. Deixamos de respeitar a natureza como um dom compartilhado”, acrescentam.

Francisco e Bartolomeu I defendem que a resposta a esta problemática deve ser “concertada e colectiva”, a responsabilidade deve ser compartilhada, dando prioridade “à solidariedade e ao serviço”.

Ambos convidam, neste dia 1 de Setembro, a “um tempo de oração pelo ambiente”, assumindo o compromisso de o preservar e cuidar, “para o bem das gerações futuras”.

“Um dos objectivos da nossa oração é mudar o modo como percebemos o mundo, para mudar a forma como nos relacionamos com o mundo”, destacam.

O Dia Mundial de Oração pelo Cuidado da Criação foi instituído pelo Papa Francisco em 2015, com vista à superação da crise ecológica.