Arquidiocese de Braga -

8 outubro 2020

Francisco reforça apelo por vacinas para todos

Fotografia CDC/Unsplash

Agência ECCLESIA

O Papa expressou proecupação pelos desfavorecidos e com baixos rendimentos.

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O Papa reforçou ontem, 7 de Outubro, o apelo para que as vacinas para a Covid-19 sejam disponibilizadas a toda a população, independentemente dos seus rendimentos económicos.

Numa mensagem à Academia Pontifícia das Ciências, que se reúne em assembleia digital até sexta-feira, Francisco afirmou que, “se alguém deve ter preferência, que seja o mais necessitado e vulnerável”.

“Quando as vacinas estiverem disponíveis, o acesso equitativo às mesmas deve ser garantido independentemente do rendimento, a começar sempre pelos últimos. Os problemas globais que enfrentamos exigem respostas de cooperação e multilaterais”, disse o Papa.

Já em entrevista à edição espanhola da revista semanal ‘Il mio Papa’, Francisco destacou que “a vacina não pode ser propriedade do país do laboratório que a encontrou ou de um grupo de países aliados”. 

“A vacina é património da humanidade, de toda a humanidade, é universal, porque a saúde dos nossos povos, como nos ensina a pandemia, é património comum, pertence ao bem comum”, referiu.

A mensagem à Academia Pontifícia das Ciências foi um convite a colocar a investigação científica ao serviço da saúde do planeta e dos seus habitantes, “especialmente os mais pobres e desfavorecidos”.

“Os sistemas de saúde, por exemplo, têm de se tornar muito mais inclusivos e acessíveis aos desfavorecidos e àqueles que vivem em países com baixos rendimentos”, precisou Francisco.

O Papa destaca em particular as “responsabilidades éticas” dos cientistas, apelando a um esforço para “acabar não apenas com a produção, posse e uso de armas nucleares, mas também com o desenvolvimento de armas biológicas, que têm o potencial de devastar civis inocentes e, de facto, povos inteiros”.