Arquidiocese de Braga -
25 maio 2022
Francisco reza pela paz na Ucrânia

DACS com Agência Ecclesia
O Santo Padre apontou o dedo a uma “desmoralização colectiva do sentido, do amor, do bem”.
O Papa fez esta quarta-feira, na audiência pública semanal no Vaticano, mais um apelo ao fim da guerra na Ucrênia e à “reconciliação das nações”.
Francisco recordou que 24 de Maio foi dia da memória da Virgem Maria Auxiliadora, e pediu orações confiando “o desejo de paz da Ucrânia e do mundo inteiro” e que “a Mãe de Deus nos ensine a ser solidários com quem é provado pela tragédia da guerra e obtenha a reconciliação das nações”.
O Santo Padre apontou o dedo a uma “desmoralização colectiva do sentido, do amor, do bem”, fruto do que denominou como “sociedade do cansaço”, e declarou que se devia produzir “bem-estar generalizado e toleramos um mercado cientificamente selectivo da saúde”, para além de dever “colocar um limite intransponível à paz”.
Comentando a passagem inicial do livro bíblico de Eclesiastes, o líder da Igreja Católica destacou que, perante a finitude humana, “o caminho da indiferença pode parecer o único remédio para uma dolorosa desilusão”, dando origem a uma “nova razão cínica, que soma conhecimento e irresponsabilidade”, com uma falsa concepção da verdade, acrescentando que “nesta sua forma – camuflada em cientificidade, mas também muito insensível e muito amoral – a moderna busca da verdade foi tentada a deixar de lado a sua paixão pela justiça” e “já não acredita no seu destino, na sua promessa, na sua redenção”.
O Papa alertou para as consequências de um conhecimento da vida que “se afasta da paixão pela justiça, da qual é garante o julgamento de Deus”: “nessa cultura do saber, do conhecimento de todas as coisas, até da precisão do conhecimento, muitos rituais mágicos espalharam-se, mas uma feitiçaria culta. É uma feitiçaria com uma certa cultura, mas que leva a uma vida de superstição”.
Partilhar