Arquidiocese de Braga -
26 novembro 2022
Assembleia Diocesana - Tempo de caminharmos juntos
DACS
Assembleia Diocesana aconteceu neste sábado, 26 de novembro, em Guimarães.
"Em que ponto estamos na sinodalidade? Qual Igreja Jesus Cristo Bom Pastor espera de nós? Não a que queremos ser, mas aquela que Ele espera de nós..." - com estes questionamentos o Arcebispo de Braga, D. José Cordeiro, iniciou as reflexões na Assembleia Diocesana, que aconteceu neste sábado, 26 de novembro, em Guimarães.
O encontro foi presidido pelo arcebispo e pelos bispos auxiliares, D. Nuno Almeida e D. Delfim Gomes e contou com a presença representantes dos arciprestados e os nomeados para os Serviços Pastorais, Conselho Presbiteral de Braga, Conselho Arquidiocesano para os Assuntos Económicos e Conselho Pastoral de Braga, que foram apresentados à assembleia.
Após a oração inicial, jovens do Colégio Dom Diogo de Souza fizeram uma encenação da Parábola do Samaritano.
Na sua intervenção, D. José convidou os presentes a pensar o futuro da Igreja local e da vivência sinodal, em um caminho de "saída" ao encontro do outro e das diversas realidades que existem na arquidiocese.
"Juntos, em processo sinodal dinâmico, seremos capazes de imaginar um futuro diferente para a Igreja Bracarense: alegria contagiante, escuta acolhedora, portas abertas, mãe que busca os seus filhos, centrada no Evangelho, discípula missionária, formação permanente, comunhão pastoral", disse, ao lembrar a Carta Pastoral .
O arcebispo afirmou que todos juntos, como arquidiocese, formam a Igreja Sinodal samaritana, importantes para que haja um futuro diferente para a igreja bracarense.
Ao falar da juventude, D. José destacou a importância da Jornada Mundial da Juventude (JMJ) Lisboa 2023 como uma "oportunidade única e irrepetível" e pediu que a arquidiocese esteja "com e para os jovens" e que "haja em cada unidade pastoral, cada paróquia pelo menos um grupo de jovens".
E concluiu ao falar da Visita Pastoral que começa amanhã no Arciprestado de Amares, ressaltando que "o centro da visita não é o bispo, mas Cristo".
O sonho de viver a sinodalidade
Na sequência, padre Sérgio Torres, Secretário-Geral da Coordenação Pastoral, falou da dinâmica no novo ano pastoral, que agora coincide com o início do ano litúrgico.
Ao se referir às indagações feitas pelo arcebispo, pe. Sérgio falou da Carta Pastoral como uma direção que aponta justamente para onde se quer chegar e lembrou que quando São Paulo escrevia as cartas às comunidades era mesmo para que fosse uma vivência e sempre adequada às realidades locais.
"É um tremendo desafio para toda a Igreja de Braga, ao iniciarmos esse novo ritmo. Sabemos onde queremos chegar, queremos fazê-lo dentro deste sistema operativo. Que a forma de trabalharmos seja essa, sinodalmente. Seguramente por trás disso tudo está o Espírito Santo".
A vez dos jovens
"A juventude é uma etapa de sonhos, mas também de crescimento" disse o padre Filipe Diniz, diretor do Departamento Nacional da Pastoral Juvenil (DNPJ) e coordenador da peregrinação dos símbolos da JMJ Lisboa 2023.
Ele destacou os desafios que a Igreja tem em relação à juventude, questionou que "espaço damos aos jovens" e falou que a Igreja que é chamada a escutar, acampanhar e desafiar, e que os jovens precisam ter um papel interventivo, ter voz, e que é preciso que estejam presentes nos conselhos, na vida ativa da Igreja, inclusive na tomada de decisões.
Pe. Diniz falou também que os jovens são sensíveis ao que se fala da Igreja, são suscetíveis às fake news, e " que temos que ajudá-los nisso". Ele lembrou de ouvir alguém dizer que "os jovens esperam da Igreja uma casa" e indagou "que casa é essa que apresentamos?", de modo que eles se sintam acolhidos.
"Vamos ter um grande momento, uma grande oportunidade... O facto de virem jovens estrangeiros vai estimular, ajudar os jovens a viver com sentido, com verdade e com esperança", disse, ao falar da JMJ.
O sacerdote mostrou o depoimento de Margarida, uma jovem de Coimbra, que falou sobre como vive sua fé e os desafios e um vídeo do Papa Francisco, a convidar os jovens para que apesar das crises, das dificuldades, sejam criativos e vençam as dificuldades na preparação para a Jornada. "Rezo por vocês, por todos que vão participar, que seja um encontro fecundo e todos saiam melhores do que chegaram", falou o Santo Padre.
A JMJ na Arquidiocese de Braga
"Que este seja um caminho, não para chegar a uma meta, mas um ponto de partida - que a pastoral de jovens seja uma proposta de fé", exortou o cónego Avelino Amorim, do Departamento Arquidiocesano da Pastoral de Jovens (DAPJ).
O cónego convidou a todos a ir além de "2023", para que "seja um momento de anúncio e um caminho sinodal" na continuidade pós-jornada.
O sacerdote pormenorizou três momentos que se aproximam com a JMJ. A primeira fase será a passagem dos símbolos nos 14 arciprestados (pelo menos em um dos eventos, todos os dias, um dos bispos estará presente), que começará no dia 29 de janeiro. "Não só convidemos os jovens a estar connosco, mas vamos ao encontro deles", disse.
Em seguida, na semana que antecede a Jornada, acontecem os Dias nas Dioceses. "Acolher é mais que alojar. Quem acolhe aquele que nos visita não pode deixar de acolher os jovens que virão (ao lembrar o caminho do Advento). E depois a Jornada em si, de 1 a 6 de agosto de 2023, em que os jovens participarão deste grande momento. A JMJ é uma oportunidade para fazermos essa caminhada juntos, é um caminho de espiritualidade para os jovens", afirmou.
Ao final da assembleia, após a participação através colocação de questões por parte dos presentes, o Arcebispo também referiu-se aos jovens e aos caminhos da arquidiocese. "Vim para essa assembleia com muita esperança, confiando na ação do Espírito Santo. Queremos acreditar nos jovens, confiar neles. Os jovens são os semeadores da esperança", concluiu.
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