Arquidiocese de Braga -

9 março 2023

IX Festival Internacional de Órgão Festival Internacional de Órgão de Braga com 11 concertos em 11 igrejas

Fotografia Avelino Lima

DM - José Carlos Ferreira

A organização deu ontem a conhecer a programação do IX Festival Internacional de Órgão no coro alto da igreja de S. Victor

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O IX Festival Internacional de Órgão de Braga, que decorre entre 28 de abril e 14 de maio, vai ter 11 concertos com entrada livre, em 11 igrejas, envolvendo 13 órgãos de tubos, três orquestras, uma delas sinfónica, um grupo de instrumentos antigos, e um coro com 80 crianças, ou seja, mais de 150 intervenientes, incluindo bailarinos.

Estes são os números da edição deste ano, que foram ontem apresentados em conferência de imprensa pelo diretor artístico do festival, José Rodrigues. Segundo ele, com um orçamento de cerca de 70 mil euros, o IX festival, organizado pela Câmara de Braga, a Arquidiocese de Braga, a Misericórdia de Braga e a Irmandades de Santa Cruz,  tem como tema central “O Órgão e a Dança”, e conta com músicos de Portugal, Espanha, França, Alemanha, Itália e da Suíça.

O diretor, da programação, destacou alguns momentos, começando, desde logo pelo concerto inaugural, a 28 de abril, na Sé de Braga. José realçou que serão peças únicas e inéditas, que vão ser tocadas a dois órgãos, com gaitas de foles. No dia seguinte, 29 de abril, para celebrar o Dia Mundial da Dança, o concerto “Música Aquática...” está agendado para as 21h30, na igreja de São Lázaro. Trata-se da interpretação da composição de Haendel que conta com a participação da Escola de Dança Ent’Artes. José Rodrigues destacou ainda o concerto do dia 6 de maio, na igreja do Pópulo, às 21h30, “Como era a música numa Catedral em 1600...”, com instrumentos antigos, como o baixão e o baixãozinho.

No dia 7 de maio, às 16h, no Convento de Montariol, para celebrar o Dia da Mãe, está programado o concerto “Vozes que Dançam”, com os Pequenos Cantores de Esposende. Por fim, José Rodrigues destacou ainda o concerto no dia 13 de maio, na igreja de Santa Cruz, às 21h30, onde vai ser interpretada pela primeira vez em Portugal uma obra de J. B. Vanhal, e o concerto de encerramento, no dia 14 de Maio, “Viagem pelas danças da Europa”, na igreja de S. Paulo, às 16h.

Para o presidente da Câmara de Braga, Ricardo Rio, esta é das iniciativas “mais marcantes no calendário cultural da cidade”. De acordo com ele, o festival é, desde a primeira hora, “fator de qualificação e diferenciação da oferta cultural”. O autarca sublinhou o reconhecimento nacional e internacional que o evento já alcançou, com a presença de muitas pessoas que vêm a Braga propositadamente aos concertos. Por fim, Ricardo Rio sublinhou o reforço da qualidade de ano para ano deste festival.

O provedor da Santa Casa da Misericórdia de Braga considerou, por sua vez, que o Festival de Órgão de Braga “é hoje uma referência nacional e internacional que tem vindo a crescer, quer pela sua qualidade, quer pela parte artística dos organistas que têm participado”. Para Bernardo Reis, isto deve-se a José Rodrigues, garantindo que a Misericórdia irá continuar a colaborar. 

O provedor da Irmandade de Santa Cruz, Fernando Rodrigues,  também realçou a importância do festival, salientando que é necessário atrair mais mecenas e patrocinadores e sustentou que fazer este festival é valorizar o concelho, convidando todos a participar.

D. José Cordeiro deseja que festival seja contributo para a cultura integral    

O Arcebispo Metropolita de Braga, D. José Cordeiro, desejou ontem que o IX Festival Internacional de Órgão de Braga seja um “contributo para cultural integral, entendida em todas as suas dimensões”.

O arcebispo defendeu na conferência de imprensa para apresentação do certame, que decorreu no coro alto da igreja de S. Victor, em Braga, que “isto provoca a cultura do encontro, a cultura do cuidado e, sobretudo a interrelação das pessoas com aquilo que já existe e com o demais pode ser potenciado”.

O prelado, em relação ao tema do festival “O Órgão e a Dança”, considerou que se trata de uma temática muito sugestiva. “É bem conhecida aquela expressão  de Nietzsche quando dizia que só acreditaria num Deus que dance. Mas, Deus dança. O Cardeal Tolentino até escreveu o livro ‘Um Deus que dança’. Porque nós rezamos com o corpo todo, e é no gesto da corporiedade que se manifesta a arte, a espiritualidade”, disse D. José Cordeiro.