Arquidiocese de Braga -

5 julho 2023

Aventura sobre duas rodas rumo à JMJ

Fotografia

dacs

Um grupo de 43 jovens fará parte do caminho para a JMJ Lisboa 2023 de bicicleta.

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Dois jovens padres suíços, irmãos, com dois anos de ordenados, Simon e Valentin Roduit, reuniram um grupo de 43 jovens, que farão parte do percurso desde a Suíça até Portugal de bicicletas para a Jornada Mundial da Juventude (JMJ) Lisboa 2023.

Uma das paradas é Braga, onde passarão os Dias nas Dioceses (DND), em Priscos. Os dois sacerdotes chegaram ontem, dia 4 de julho, visitaram a cidade e a região de Priscos, de onde seguem hoje para a Lisboa de bicicleta, para conhecer os trajetos. Além de reunirem-se com o Cómite Organizador Diocesano (COD) de Braga, também conversaram com as forças de segurança sobre os percursos que serão feitos.

Simon é cónego em Grand-Saint-Bernard e Valetin é padre na Diocese de Sion.

Será a primeira vez do grupo em Braga, apesar de alguns já terem visitado Portugal. Os jovens têm entre 16 e 28 anos. Padre Simon participou das JMJs em Sydney (2008 - Austrália), Madrid (2011 - Espanha) e no Rio de Janeiro (2013 - Brasil). Já o padre Valentin esteve no Rio e em Cracóvia (2016 - Polônia).

A pedalar serão 38 jovens e os dois padres, acompanhados por cinco pessoas que os seguem de carrinha e cuidam da logística para cozinha, entre outras coisas.

“Os jovens que irão connosco ainda não foram a uma Jornada e anseiam pela descoberta de Portugal e pelo encontro com o Papa”, afirma Simon.

Conversamos com os dois para saber um pouco mais desta aventura.

Como surgiu a ideia?

É uma ideia antiga, que já existe há 20 anos. Na Suíça, já haviam peregrinado de bicicleta para ir a JMJ de Roma e Paris. Peguei a ideia de quem já tinha feito antes de mim e motivei os jovens a irem de bicicleta da Suíça até Lisboa para a JMJ.

Quantos dias de viagem? 

Este ano, pedalamos de Santiago de Compostela a Lisboa. De bicicleta serão oito dias a pedalar.  Dois dias de Espanha a Braga, onde faremos a pausa (para os Dias nas Dioceses) e depois pedalamos durante seis dias até Lisboa (na volta seguem para a Suíça de autocarro).

Como estão as expectativas deles, não só para a JMJ, mas também para a viagem?

Alguns são motivados pelo desporto, a experimentar o ciclismo até Portugal, outros mais pela fé. E o objetivo é que todos juntos façam uma experiência de fé, esporte, alegria, partilha durante esta peregrinação.

O que a experiência da Jornada traz aos jovens?

É uma oportunidade muito boa para os jovens fazerem uma peregrinação e experimentarem o viver a fé, também em grupo. E para nós é uma grande oportunidade de lançar grupos de jovens na Suíça, quando voltarmos.

Porque escolheram Braga para os DNDs?

A organização suíça decidiu vir a Braga e ficamos felizes também em conhecer o país. A JMJ é também conhecer uma cultura e por isso estamos felizes em conhecer esta região onde fomos muito bem acolhidos.

Como é a preparação? Há treinamentos ou algo assim?

Já fizemos passeios de bicicleta juntos. Setenta quilómetros, oitenta quilómetros com os jovens, por três vezes. Os jovens também se preparam pessoalmente, andam de bicicleta toda semana para treinar, para ficar em forma. São cerca de sete, oito meses a se preparar ativamente para a peregrinação.

É uma grande responsabilidade viajar com tantos jovens em bicicletas. Os pais estão preocupados ou todos estão empolgados pela viagem?

Frequentemente são os jovens que têm mais preocupações do que seus pais. Têm com um pouco de medo de não chegar ao final. Mas trabalhamos em pequenos grupos de oito pessoas. Alguns são muito mais experientes. Por exemplo, se tem um pneu que furado, ou coisas assim. São pequenos grupos solidários, que avançam juntos.

Que mensagem ou convite podem deixar para os jovens sobre a Jornada?

Gostaria de dizer aos jovens, como disse o Papa Francisco na JMJ de Cracóvia: Saia do sofá, calce as chuteiras, ou talvez os sapatos de ciclismo, para se aventurar. Cristo está esperando por você. Como Maria foi ver Isabel, sua prima, quando partiu, saiu de sua zona de conforto para ajudá-la, nós também somos convidados, quando vamos em peregrinação, para sair de nós mesmos. Convido todos os jovens que virão para a JMJ a sair de sua zona de conforto para ir ao encontro de Cristo no encontro com os outros, nas vigílias de oração. Cristo os espera e quer se encontrar com eles - diz Cónego Simon.

Valentin completa: A JMJ é uma grande oportunidade de conhecer a Cristo e isso é o mais importante. Ter uma experiência de fé que transforma toda a nossa vida e nos leva a seguir a Cristo.