No dia 10 de agosto, a paróquia de Apúlia, arciprestado de Esposende está em festa com a evocação de Nossa Senhora do Amparo. Nesse mesmo dia, destaque para a saída da procissão à tarde com a participação de muitos figurados, andores, acom-panhados por uma banda de música.

A anteceder o cortejo religioso, tem lugar um sermão em honra de Nossa Senhora do Amparo, às 15h30, no adro da capela, proferido pelo padre Paulo Sérgio Silva, colaborador do pároco de Terroso, arciprestado da Pó-voa de Varzim.

A novena para esta festa começa esta quarta-feira. Durante ou após a recitação do Terço e da celebração da Eucaristia, «haverá uma explicação das obras entretanto realizadas na capela de Nossa Senhora do Amparo», revela a paróquia no seu boletim semanal que enviou ao Diário do Minho. 

A Senhora do Amparo é uma invocação muito antiga no povo português. É uma das principais invocações de Nossa Senhora na Arquidiocese de Braga havendo 35 altares onde se venera o seu culto e cerca de 19 capelas a Ela dedicadas. No caso de Apúlia, está associada ao culto da água, intimamente ligada à lenda da Fonte da Senhora e ao poder da água na cura dos males.

No século XVIII, os devotos, por volta de 1785, fundaram no lugar de Criaz, o “Santuário” de Nossa Senhora do Amparo, tendo sido benzida a 15 de julho daquele ano. Esta capela insere-se num movimento devocional mariano, que fez com que nos séculos XVII e XVIII fossem construídas mais de 600 capelas desta devoção em Portugal.

Sobre a prática de exorcismos, numa visita feita em 30 de novembro de 1904, o Arcebispo D. Manuel Baptista da Cunha, ao referir-se à capela da senhora do Amparo diz que «na capela o Capelão costuma fazer os exorcismos sem licença declaramos ilícito e proibimos como proibido já está, semelhante prática...».

Esta Capela recebeu grandes obras em 1808 e em 1907. Possui um frontão de estilo neoclássico cuja fachada ostenta um nicho onde está colocada a Imagem de Nossa Senhora do Amparo esculpida em granito. Na peanha possui a seguinte inscrição: “Eu Sou o Amparo dos Pecadores. 1808”. Ao centro desta fachada existe um janelão que ilumina o interior. Lateralmente, sobre as pilastras, erguem-se dois florões tendo ao centro uma cruz trilobada. No remate existe uma segunda inscrição “Benfeitor, Luís Joaquim de Carvalho. Contriz, 1907”. Do lado sul, sobe uma torre sineira tendo a sacristia sido construída pelo lado nascente.