Arquidiocese de Braga -

30 julho 2014

PRISCOS EM MOMENTO DE ORAÇÃO PELA TERRA SANTA

Fotografia

Esta quinta-feira, a Gruta do Presépio ao Vivo de Priscos, em Braga, volta a abrir portas para, a partir das 21h30, lançar um «grito pela paz» na Terra Santa. Aberta à participação de todos, «mesmo de outras confissões religiosas», este encontro «pretende

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Esta quinta-feira, a Gruta do Presépio ao Vivo de Priscos, em Braga, volta a abrir portas para, a partir das 21h30, lançar um «grito pela paz» na Terra Santa. Aberta à participação de todos, «mesmo de outras confissões religiosas», este encontro «pretende ser brisa suave à imploração da paz para a Terra Santa», disse ao Diário do Minho o padre João Torres, responsável pela organização.

Aquele sacerdote assevera que «as pessoas decentes precisam de se levantar contra a violência e protestar». Não sendo este encontro uma manifestação de protesto no sentido acabado do termo, o responsável desafia a que todos se «devem erguer-se e não temer as tentativas de silêncio que diversos responsáveis de vários governos que parecem não ver nada pretendem impor».

«As pessoas decentes devem fazer alguma coisa: unirem-se a nós, rezar em casa, integrarem uma manifestação de rua, protestar nas redes sociais e em todo o lugar», sustentou o padre João Torres que espera que «o debate público não silencie este conflito que gera medo e sofrimento».

O encontro de oração interreligioso marcado para amanhã à noite «pretende responder ao ardente desejo de quantos anelam pela paz e sonham um mundo onde os homens e as mulheres possam viver como irmãos e não como adversários ou como inimigos», frisa o sacerdote.

Todavia, alerta que aquele não poderá ser entendido como «um espaço contra». «É um espaço a favor da Paz», assegura, acrescentando que não visam entrar em discussões sobre fronteiras ou outros problemas políticos.

«A intenção – sustenta o padre João Torres – é ajudar a criar um clima social e religioso em que a paz possa surgir». «É um grito pela paz, pois não podemos ficar calados perante o sofrimento dos palestinianos e o medo dos israelitas», assevera. «Pretendemos que a Palestina e Israel sejam um lugar onde todos possam respirar e ser felizes», aponta.

Destaque, neste encontro para a presença de um casal palestiniano que lerá um texto feito para o momento. Outros textos escritos por muçulmanos e judeus que residem em Portugal serão lidos igualmente. 

A associação do Coro Infanto-Juvenil de Esporões cantará quatro canções pela paz. 

Tal como fez o Papa Francisco com os líderes israelita e palestiniano, também o Presépio ao Vivo de Priscos pretende ser local onde a «oração pode tudo».

«É preciso fazer alguma coisa. Os responsáveis do nosso país e os católicos em particular levantem os olhos para o Céu e façam alguma coisa para algo de bom aconteça», exorta o padre João Torres.

Aquele sacerdote católico aponta que «graças à Aldeia das Religiões em Priscos», conseguiu «criar um ambiente interreligioso propício e várias pessoas de outras confissões religiosas facilmente aceitam o convite para rezar».

Recorde-se que, em janeiro de 2012, o Presépio ao Vivo de Priscos rezou pela paz em Israel e na Palestina com a presença do Nobel da Paz, D. Ximenes Belo. 

DM 30 de Julho de 2014