Arquidiocese de Braga -

A apresentação do livro “Braga Ponto por Ponto – Olhar Através de Desenhos”, da autoria de Domingos Araújo, acabou por proporcionar uma bela e bem humorada noite cultural. Não deixou de ser algo surpreendente ver a Sala dos Arcos completamente cheia, numa noite em que até havia alternativas culturais na cidade, nomeadamente o Festival Internacional de Órgão de Braga.

De facto, quando acabou a sessão, ficou a sensação de saber a pouco, sobretudo pelos belos momentos musicais proporcionados por Catarina Araújo e Maria do Sameiro Dias, ambas do Grupo Canto D’Aqui. 

A apresentação do livro esteve a cargo do cónego José Paulo Abreu, diretor do Museu Pio XII. Até porque o livro “Braga Ponto por Ponto” integra o projeto “Artistas de/em Braga”, que pretende dar a conhecer o que de melhor o concelho tem a oferecer no campo das artes. 

A obra de Domingos Araújo foi o 9.º volume e resulta de uma exposição com o mesmo nome, muito bem sucedida, que esteve durante vários meses na Torre Medieval do Museu Pio XII.

O cónego José Paulo Abreu não deixou os créditos por “mãos alheias” e conduziu a sessão de forma bem humorada, leve e sempre interessante. O diretor do Pio XII não escondeu o apreço pelo trabalho de Domingos Araújo, um professor de Física e Química, recentemente reformado, mas que há muito decidiu dedicar-se ao desenho, mais concretamente à técnica do pontilhismo. 

E o cónego desafiou os bracarenses a conhecerem melhor Braga e os seus monumentos, através dos desenhos de Domingos Araújo. 

Destacou, por um lado, o Bairro da Misericórdia, de onde o autor é natural e o Bom Jesus não resistindo a “provocar” os bracarenses a descobrirem melhor o Santuário do Bom Jesus. E aproveitou para convidar a participar no Congresso de Espiritualidade, a ter lugar precisamente no Bom Jesus, de 24 a 27 de abril, onde o próprio vai abordar o “Bom Jesus como um percurso místico”. 

Domingos Araújo diz que o desenho é o protagonista

Domingos Araújo não escondeu a surpresa agradável ao ver tanta gente na apresentação da obra  “Braga Ponto por Ponto”, deixando claro que o protagonista é o desenho e procurou sempre a arte pela arte. Para o autor, agora sim, acabou a exposição, com a publicação do livro.

Na sua intervenção, agradeceu ao cónego José Paulo Abreu e ao Museu Pio XII, por ter valorizado e dado visibilidade ao seu trabalho, primeiro com a exposição e agora com o livro. 

Domingos Araújo não se esqueceu da artista Lurdes Magalhães, a primeira pessoa a incentivá-lo a divulgar os seus desenhos.

Sobre a importância do livro, o autor considerou que se conseguir levar alguns bracarenses a visitar os monumentos, através  dos seus desenhos, já valeu a pena.

Diário do Minho - Francisco de Assis