Arquidiocese de Braga -

11 novembro 2024

Arquidiocese de Braga conta com 128 novos Ministros Extraordinários da Comunhão

Fotografia DM

Jorge Oliveira - DM

Vão exercer o ministério durante um mandato de três anos

A Arquidiocese de Braga instituiu ontem 128 novos Ministros Extraordinários da Comunhão (MEC), após um período de formação inicial realizado no Auditório Vita, em Braga.

Provenientes dos vários arciprestados da Arquidiocese, os novos servidores da Igreja começaram a ser apresentados nas suas comunidades paroquiais já a partir deste domingo, para exercerem o ministério durante um mandato de três anos.

A nomeação teve lugar ao início da noite na Capela da Imaculada, no Seminário Menor, numa oração de vésperas, presidida pelo bispo auxiliar de Braga, D. Delfim Gomes.

À margem da formação, o diretor do Departamento Arquidiocesano para a Litúrgia, o padre Rui Sousa, referiu que os MEC são chamados, em primeiro lugar, a prestar assistência aos membros mais frágeis das comunidades – os doentes e idosos que, devido a limitações de saúde ou idade, não podem participar nas celebrações litúrgicas.

«Os Ministros Extraordinários da Comunhão aqueles que levam Jesus, o Pão da Vida, a essas pessoas mais frágeis», explicou o sacerdote, sublinhando que o objetivo «é fazer a ligação, a comunhão dessas pessoas com a comunidade de Cristo».

Além da assistência aos  doentes e idosos, os MEC colaboram nas celebrações litúrgicas mais numerosas, onde os Ministros Ordenados, isto é, os bispos, padres e os Diáconos não sejam suficientes para o número de fiéis que se reúnem para as assembleias.

Os MEC são pessoas comprometidas com a Igreja de Cristo escolhidas a partir das comunidades que, depois de um período de formação e da nomeação do bispo, são enviadas de novo para as comunidades a fim de servirem neste ministério.

O padre Rui Sousa explica que este ministério não é uma «propriedade pessoal, mas uma missão espiritual e comunitária».

«Não é algo que é deles, isto é, o Ministério não é uma propriedade de cada um, são enviados pelo senhor bispo para exercerem este Ministério na sua comunidade por um mandato, que termina daqui a três anos. Depois podem ser reconduzidos ou não, conforme a comunidade necessite», precisou.

A continuação no ministério é proposta pelo pároco ou pelo Conselho Pastoral da Paróquia e depois validada pelo bis-
po.

A Arquidiocese de Braga conta atualmente com cerca de 4 mil Ministros Extraordinários da Comunhão em exercício, a que se juntam agora mais 128. Um reforço que acontece num contexto de renovação da Igreja, em espírito sinodal, no “Caminho da Páscoa”, em que a Arquidiocese de Braga pretende “Levar Jesus a todos e todos a Jesus”.

«Parece-me que cada vez mais, a escolha das pessoas é feita com critério e discernimento, quem vem tem consciência da exigência deste serviço na comunidade», acrescenta.   

O presidente da Junta da União das Freguesias de Caldelas, Sequeiros e Paranhos, Amares, foi um dos MEC nomeados na Capela da Imaculada. José Almeida já exerce o ministério de leitor e diz-se pronto para assumir mais um papel «importante» na paróquia.

«Irei tentar cobrir toda a amplitude de serviços disponíveis para os Ministros Extraordinários da Comunhão, com alegria e com prazer», declarou ao Diário do Minho, destacando que este compromisso é uma forma de estar «disponível e com o coração aberto para servir».

A formação de novos MEC contou com os contributos do  cónego Joaquim Félix, do padre Rui Sousa, do cónego Manuel Joaquim e do dr. António Sampaio, do padre Marcelino Ferreira, do padre Jorge Vilaça e do dr. Aparício Braga.