Arquidiocese de Braga -

27 abril 2025

D. José exorta fiéis a deixarem-se transformar pela Eucaristia

Fotografia DM

 DM - Jorge Oliveira

Arcebispo de Braga presidiu à festa da Beata Alexandrina

O Arcebispo Metropolita de Braga, D. José Cordeiro, presidiu esta sexta-feira à celebração eucarística do 21.º aniversário da beatificação de Alexandrina de Balasar, e à bênção dos doentes presentes na celebração.

Com a igreja paroquial de Balasar repleta de fiéis, que se reuniram para recordar e dar graças pela elevação aos altares de Maria Alexandrina da Costa, D. José Cordeiro apontou a vida da religiosa mística como um testemunho vivo de alguém que se deixou transformar pela Eucaristia, e exortou os presentes a imitarem a beata Alexandrina.

“Alexandrina foi mulher simples, humilde, disposta a encontrar Jesus Cristo, e por isso nela podemos ver alguém que se deixou transformar pela ressurreição de Cristo”, disse o prelado, convidando cada um a “anunciar, sem medo, Cristo ressuscitado nos gestos e palavras do quotidiano da vida, levando Jesus a todos e todos a Jesus”.

O Arcebispo lembrou que a Eucaristia não se confina ao espaço da igreja onde é celebrada, mas prolonga-se na vida e na adoração fora da Missa, e destacou a importância da oração meditada na caminhada de fé e comunhão em Cristo.

Citando o falecido Papa Francisco, que foi evocado nesta celebração, referiu que é necessário que todos os cristãos - leigos, sacerdotes, bispos, consagrados e consagradas - recuperem a “oração de adoração”, ou seja, “aquele permanecer em silêncio diante do Senhor”.

“Apenas na adoração, só diante do Senhor, é que recuperamos o gosto e a paixão pela evangelização”, sublinhou.

O Papa Francisco, numa carta dirigida a D. José Cordeiro, em 16 de abril de 2021, a propósito da 25.ª Peregrinação Nacional dos Acólitos a Fátima, apontava os exemplos de entrega a Jesus de Alexandrina de Balasar, do santo Cura D’Ars, do pastorinho de Fátima Francisco Marto e de todos os Santos, que “encontraram na Eucaristia o alimento para o seu caminho de perfeição, senão mesmo da sua vida corporal”.

A celebração decorreu no contexto da Oitava da Páscoa, assinalando a festa da ressurreição de Jesus que este ano ficou marcada pelo falecimento do Papa Francisco, na segunda-feira de Páscoa.

“Ainda que a notícia da morte do Papa Francisco nos tenha surpreendido, ela não diminui a alegria pascal”, afirmou D. José Cordeiro, evocando palavras de São João Paulo II: “Somos o povo da Páscoa, e Aleluia é o nosso cântico”.

Na sua reflexão, o prelado vincou a coragem e esperança que a fé na ressurreição proporciona, recordando o percurso espiritual de Alexandria como exemplo de entrega a Cristo, mesmo no sofrimento e na doença.

“Alexandrina, nas vicissitudes da vida, nomeadamente na doença, foi capaz de ver com os olhos da fé, colocando-se ao serviço d’Aquele que nos salva. E Cristo salva vivendo connosco o que a vida nos dá: alegrias e tristezas, esperanças e sofrimentos”, afirmou.

A celebração terminou com um pedido a Alexandrina para que interceda pelo Papa Francisco “na hospitalidade do céu”.

Alexandrina Maria da Costa (1904-1955) foi beatificada em 25 de abril de 2004, na Praça de São Pedro, no Vaticano, pelo Papa João Paulo II.