Arquidiocese de Braga -
26 maio 2025
Relação com Deus deve ser levada para a realidade da vida

DM
D. Pio Alves, Bispo Auxiliar Emérito do Porto, exortou ontem os cristãos elevarem a sua relação com Deus para a realidade da vida
D. Pio Alves, Bispo Auxiliar Emérito do Porto, que presidiu à Eucaristia da Peregrinação Arciprestal de Vieira do Minho ao Santuário da Senhora da Fé, pediu às muitas centenas de peregrinos para que a sua relação com Deus não fique apenas entre as quatro paredes da igreja quando vão à missa.
Na sua homilia, D. Pio Alves salientou que, perante o desfio que Deus lança a todos, podemos ter a tentação de desistir logo à primeira por pensar que será muito aquilo que Deus quer de nós. «Deus não quer muito de nós. Deus quer tudo de nós», «segundo a capacidade de cada um», salientou. «Não tenhamos medo. Nós somos capazes. É possível pôr em prática este projeto de Deus. E a prova está à nossa frente, está representada à nossa frente na imagem da Santíssima Virgem. Ela foi capaz no meio de dificuldades muito maiores que aquelas de cada um, cada um de vós pode estar a enfrentar na sua vida», acrescentou.
O Bispo Auxilia Emérito do Porto recordou mesmo três momentos que considerou significativos na vida de Maria. Desde logo o da Anunciação, em que o Anjo lhe propõe ser Mãe de Deus. A sua resposta, salientou, foi “Eis a escrava do Senhor, faça-se em Mim segundo a Vossa Palavra”. «E temos direito a olhar para a Santíssima Virgem a escutar estas suas palavras na nossa vida porque Ela é a nossa Mãe. E todas vós mães sabeis isso muito bem, que aquilo que os filhos pedem, normalmente, não é para deitar fora, normalmente é para pôr em prática», disse.
O segundo momento escolhido por D. Pio Alves é quando Cristo na cruz diz a S. João, “eis a tua Mãe”, tornando-a assim Mãe de todos nós. Maria, salientou, «não é simplesmente um modelo», ou «simplesmente uma referência», mas «ajuda a este caminho que às vezes é complicado e difícil».
O terceiro momento, recordou, é o relato das Bodas de Caná, em que Maria disse “fazei tudo o que Ele disser”.
Recordados estes momentos, o prelado pediu a que a relação com Deus não fique escondida entre as paredes da igreja, mas levada para a vida de todos os dias.
«É aí que devemos pôr em prática o que Deus nos pede», salientou.
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