Arquidiocese de Braga -

30 agosto 2025

«A esperança é necessária à vida, e a liturgia é como o berço da esperança»

Fotografia Secretariado Nacional de Liturgia

DM com Ecclesia

O Arcebispo de Braga, que preside à Comissão Episcopal da Liturgia e Espiritualidade, da Igreja Católica em Portugal, disse que «a esperança é necessária à vida, e a liturgia é como o berço da esperança». D. José Cordeiro falava aos participantes do 7.º Curso de Música Litúrgica, que decorreu em Fátima, organizado pelo Serviço Nacional de Música Sacra do SNL.

«A esperança é necessária à vida, e a liturgia é como o berço da esperança, e uma liturgia bem cantada, bem harmoniosa, por isso é que o canto e a música são parte integrante e decisiva na liturgia. E a beleza da liturgia passa muito pelo canto, pela música», explicou D. José Cordeiro, na quarta-feira, na intervenção enviada à Agência Eccesia, pelo Secretariado Nacional de Liturgia (SNL).

O presidente da Comissão Episcopal da Liturgia e Espiritualidade afirmou que «a música está na demanda da esperança», lembrando que a Igreja Católica está a viver o “Ano Santo da Esperança”, o 27.º jubileu ordinário da sua história foi convocado pelo Papa Francisco e está a ser continuado por Leão XIV.

De referir que o 7.º Curso de Música Litúrgica, organizado pelo Serviço Nacional de Música Sacra do SNL, tem 53 participantes, maioritariamente jovens, de 16 das 21 dioceses católicas de Portugal, mas também do Brasil e da Guiné-Bissau; esta formação que está a decorrer na Domus Carmeli, em Fátima, até este sábado, 30 agosto, começou no dia 19.

«É uma enorme alegria poder estar aqui convosco e sentirmos este pulsar da formação litúrgica integral na Igreja em Portugal; Por vontade da Conferência Episcopal e da Comissão Episcopal de Liturgia e Espiritualidade damos continuidade a este serviço inestimável à Igreja em Portugal e, daqui também, a muitas outras igrejas presentes noutras realidades do mundo, de uma maneira especial na língua portuguesa», desenvolveu o arcebispo de Braga. 

Igrejas e santuários como locais «onde se celebra bem»

A Igreja Católica celebrou, no dia 28 de agosto, a memória obrigatória de Santo Agostinho. D. José Cordeiro lembrou que, este bispo e doutor da Igreja dos séculos IV-V, dizia que «cantar é próprio de quem ama». Por isso, quando «o amor está aliado à parte técnica e profissional até», e que seja um lugar de «encontro e de encanto, porque a liturgia é isso».

O Arcebispo de Braga desejou que «sejam cada vez mais» as igrejas, as paróquias, as catedrais, os santuários «onde se celebra bem», onde se possa «nutrir e alimentar a esperança pela oração, e o canto e a música fazem parte da oração, não é para decorar a celebração, nem para animar a Missa, nem animar a liturgia, mas é cantar a Missa, cantar a liturgia», apontou. «Que cada um de vós possa ter um exemplar, e possa estudar, sublinhar, e completar a vossa formação, porque ela não é só técnica e profissional, tem de ser pastoral, litúrgica, espiritual, bíblica, nessa formação integral», desejou.