Arquidiocese de Braga -

15 setembro 2025

D. Delfim Gomes exorta peregrinos a levarem a cruz de Cristo a todos

Fotografia Avelino Lima

 DM - Jorge Oliveira

Bispo auxiliar de Braga presidiu à peregrinação Jubilar do Arciprestado de Vila do Conde e Póvoa de Varzim

O Arciprestado de Vila do Conde e Póvoa de Varzim peregrinou ontem à Sé de Braga, no contexto no Ano Santo – Jubileu 2025, que decorre sob o lema “Peregrinos de Esperança”.

A celebração, no dia da festa da Exaltação da Santa Cruz, foi presidida pelo Bispo auxiliar de Braga, D. Delfim Gomes, e reuniu uma multidão de fiéis provenientes das 25 paróquias do Arciprestado, numa expressão viva de comunhão eclesial e de fé partilhada.

Na homilia, o prelado fez uma profunda reflexão sobre o significado redentor da Santa Cruz, exortando os fiéis a assumirem com coragem o testemunho do amor de Deus manifestado na Cruz.

«Estimados irmãos, não tenhamos medo de falar da Cruz. Não tenhamos medo de levar a Cruz. Não tenhamos medo de ser referência da Cruz de Cristo para os outros. Porque falar da Cruz é falar do amor de Deus por nós», afirmou D. Delfim Gomes, perante a assembleia repleta de fiéis.

A Cruz como sinal de esperança e salvação

Ao longo da homilia, D. Delfim Gomes sublinhou que a Cruz, onde Jesus suspirou pela salvação da humanidade, é símbolo de vitória, de reconciliação e de paz.

«A Cruz revela um Deus sofredor, solidário com o sofrimento humano, que se manifesta precisamente onde parecia estar ausente – na dor, na morte, no silêncio», referiu, recordando ainda as palavras do Papa Francisco que definem a Cruz como «mistério de amor» e «nobreza do amor de Cristo». O bispo destacou ainda que a Cruz é a “palavra mais perfeita de Deus dita à humanidade”, que ilumina o sofrimento e dá sentido à vida, convidando todos os crentes a abraçarem-na com confiança, coragem e fé.

Uma multidão unida na fé

A peregrinação iniciou-se na igreja de São Pedro e São Paulo (Seminário Maior de Braga), onde os peregrinos se concentraram e receberam a bênção antes de seguirem em procissão até à Sé.

A Eucaristia foi solenizada pelo Coro do Arciprestado e um grupo de instrumentistas, sob a direcção do maestro Tiago Carriço. No final da celebração, D. Delfim Gomes agradeceu a todos os participantes – sacerdotes, diáconos, acólitos, catequistas, membros de movimentos, confrarias, conselhos pastorais e económicos, grupos corais e restantes fiéis – pelo testemunho de unidade e esperança.

«Esta peregrinação é sinal visível de uma Igreja viva, peregrina e unida em Cristo», concluiu o prelado. 

Após a celebração, os peregrinos regressaram às suas comunidades mais fortalecidos, renovados na fé e redimidos dos seus pecados.

Recorde-se que os fiéis podem obter a indulgência jubilar fazendo uma peregrinação a qualquer lugar sagrado do Jubileu designado por uma diocese local. O Ano Jubilar de 2025 foi proclamado pelo Papa Francisco como um tempo especial de graça, convidando todos os cristãos a serem “Peregrinos de esperança”, renovando a fé e reforçando o compromisso com uma Igreja sinodal e missionária.     

Arcipreste destaca vitalidade das comunidades paroquiais 

O arcipreste de Vila do Conde e Póvoa de Varzim, o padre Manuel Casado Neiva, manifestou o seu regozijo pela  expressiva participação das comunidades paroquiais do Arciprestado na peregrinação jubilar do Arciprestado à Sé de Braga.

«Todas as paróquias fizeram-se representar com muita gente, só podemos dar graças a Deus por isso. Saímos todos mais fortalecidos na fé e com mais coragem», afirmou o sacerdote.

O padre Manuel Casado Neiva sublinhou que esta peregrinação arciprestal representou sinal claro de vitalidade pastoral, reforçando os laços de união com a Sé Primacial e com o bispado da Arquidiocese. 

«O Jubileu é um momento da graça do Senhor de nos reunirmos como Igreja na igreja mãe. É uma grande jornada de fé. Esta Igreja está a crescer», destacou.

Enfatizando a dimensão espiritual da celebração jubilar, o arcipreste lembrou a importância da preparação sacramental dos fiéis, em particular através do Arciprestado o Sacramento da Reconciliação, promovidos em várias paróquias e locais significativos do Arciprestado.

«Nós realizamos confissões em lugares estratégicos – igreja Matriz da Póvoa de Varzim, Basílica do Sagrado Coração de Jesus, igreja da Aguçadoura, no santuário de Balazar –, e confessou-se muita gente de propósito para participar nesta celebração na Sé», afirmou o sacerdote, recordando que a peregrinação permitiu aos participantes receber a indulgência plenária, conforme previsto para o Ano Santo.