Arquidiocese de Braga -

1 outubro 2025

Basílica dos Congregados alia cultura à fé e evangelização

Art’Ventus Quintet
Fotografia DR

DM

Concertos do Festival de Música de Câmara e programação para a Quaresma

A Basílica dos Congregados recebe, a partir de hoje, 1 de outubro, a V edição da Música de Câmara Braga (MCB 2025), um ciclo que se prolonga até 4 de março de 2026 e que reúne mais de 30 intérpretes de referência nacional e internacional em 10 concertos, sempre no mesmo espaço, no coração da cidade.

O concerto inaugural realiza-se já esta quarta-feira, às 21h, com o Art’Ventus Quintet, agrupamento formado por solistas das principais orquestras portuguesas. 

O programa deste concerto percorre obras emblemáticas e contrastantes para quinteto de sopros, de Mozart a Ligeti, passando por Paulo Bastos, Anne Vitorino d’Almeida e Valerie Coleman.

Cultura e evangelização na Quaresma

A programação cultural dos Congregados, porém, não se esgota na música. O templo tem vindo a afirmar-se como espaço de encontro entre fé, cultura e cidade, com destaque para o período da Quaresma.

No âmbito dessa programação, em fevereiro de 2026, José Miguel Braga dará voz aos sermões do Padre António Vieira: no dia 18 de fevereiro, quarta-feira de cinzas, e no dia 22 de fevereiro, domingo.

Posteriormente, no dia 7 de março, terá lugar uma escalada quaresmal singular, uma verdadeira subida à Jerusalém celeste: uma leitura artística e espiritual do Escadório dos Cinco Sentidos, no Santuário do Bom Jesus do Monte, orientada pelo professor Luís da Silva Pereira e pelo padre Paulo Terroso.

Na Semana Santa, a Basílica será novamente palco de propostas de grande intensidade espiritual e cultural: no 29 de março, as reflexões das Sete Últimas Palavras de Cristo na Cruz terão a assinatura do professor Frederico Lourenço e serão lidas por um ator consagrado; já no dia 1 de abril, Quarta-feira Santa, terá lugar a Ceia Pascal Judaica, refeição preparada pelo chef Luís Lavrador, segundo a tradição judaica, evocando o modo como Jesus a celebrou com os seus Apóstolos.

O reitor da Basílica dos Congregados, padre Paulo Terroso, sublinha: «Este programa é a expressão de um tesouro espiritual e cultural da Igreja, que precisa de ser continuamente revisitado e apresentado de novo. Da riqueza do tesouro tiram-se coisas novas e velhas. É desta forma que podemos levar Jesus a todos e todos a Jesus».

«A cidade precisa de um programa cultural de evangelização mais consistente, capaz de criar diálogos fecundos entre a fé, a arte, a literatura, a música e até a gastronomia. A Basílica dos Congregados quer continuar a ser esse espaço onde a beleza abre caminho ao Evangelho», acrescenta aquele sacerdote.