Arquidiocese de Braga -

6 dezembro 2025

Crianças da EB1 da Sé conferem orgulho e alegria à encenação do Milagre da Fruta

Fotografia DM

DM - Carla Esteves

Sé de Braga encheu para assistir à Tradicional representação

A tradicional representação do Milagre da Fruta voltou, ontem, a realizar-se na Sé de Braga, que ganhou um colorido e uma ternura especiais, em virtude do talento dos pequenos “atores” da Escola Básica da Sé (EB1 da Sé), que  transportam consigo a responsabilidade de manter viva a memória e o simbolismo da história de S. Geraldo.

Perante centenas de crianças oriundas das várias escolas da cidade, os alunos do terceiro e do quarto anos da EB1 da Sé cantaram e encantaram com deixas bem memorizadas e melodias bem cantadas, fruto de vários dias de trabalho e dedicação da comunidade educativa.

À margem da cerimónia, o Deão do Cabido da Sé, cónego José Paulo Abreu, salientou a importância de dar continuidade à tradição que celebra o patrono da cidade.

«As tradições são alimentadas por quem as herdou da História, mas têm que subsistir por quem as pode transmitir. Portanto, é bom que as escolas e que nós, responsáveis pela cidade, seja a nível civil, seja a nível religioso, consigamos passar o testemunho aos que vêm a seguir para que se possa perpetuar esta memória, que é muito interessante», afirmou.

Para o cónego José Paulo Abreu o facto de serem crianças a protagonizarem esta representação constitui a «garantia de que a História seja respeitada e vivida daqui a 20 ou 30 anos, pois seguramente eles vão transmiti-la aos vindouros como nós a transmitimos a eles».

Por seu turno, a vereadora da Educação da Câmara de Braga, Hortense Santos, salientou «o empenho e a vontade de representar dos meninos e meninas da EB1 da Sé».

«É sempre o mesmo, mas ao mesmo tempo sempre novo. E o que o torna insubstituível é o empenho, o envolvimento dos alunos, que é sempre fantástico. E mais tarde estes alunos, de certeza que vão ter respostas para dar acerca de S. Geraldo porque é, de facto, a história da nossa cidade que nós estamos a representar», afirmou.

A coordenadora da EB1 da Sé, Ana Maria Silva, revelou que a preparação da peça começou em outubro, com a escrita das intervenções das personagens, a distribuição  dos papéis, passando depois aos ensaios mais intensivos. 

«Esta tradição é verdadeiramente a EB1 da Sé, a par de uma outra, que são as marchas de Santo António. Eles adoram e de certeza que devem estar ali com um friozinho na barriga, ansiosos por atuar», afirmou a coordenadora.

Também o presidente da União de Freguesias de Maximinos, Sé e Cividade,  Hernâni Duarte, salientou «o trabalho árduo das professoras e a «alegria e afinco dos meninos».

«Foi  para mim uma alegria enorme ter recebido este convite para estar presente. E a Junta de Freguesia está sempre disponível no que puder fazer para que estas tradições se mantenham», garantiu.