Arquidiocese de Braga -

O Papa destacou ontem no Vaticano a importância da inédita cimeira sobre abusos sexuais e protecção de menores na Igreja Católica, que decorre entre esta Quinta-Feira, dia 21, e Domingo, dia 24.

“Convido a rezar por este encontro, que quis convocar como acto de forte responsabilidade pastoral diante de um desafio urgente do nosso tempo”, disse, desde a janela do apartamento pontifício, perante milhares de pessoas reunidas na Praça de São Pedro para a recitação do Ângelus.

No último dia 28 de Janeiro, Francisco afirmou que a prioridade do encontro é uma tomada de consciência sobre este “sofrimento terrível” e responder a dúvidas que têm surgido neste campo. “Percebemos que alguns bispos não percebiam bem, não sabiam o que fazer”, observou o Papa, recordando um encontro com o seu conselho consultivo de cardeais, o chamado ‘C9’.

Neste contexto, acrescentou, surgiu a ideia de “dar uma ‘catequese’ sobre este problema às conferências episcopais”.

A Santa Sé está a trabalhar na elaboração de “programas gerais”, com “protocolos claros”, para que cheguem a todas as conferencias episcopais, precisando “o que deve fazer o bispo, o arcebispo metropolita, o presidente da conferência episcopal”.

O programa da cimeira, adiantou o Papa, inclui momentos de oração, testemunhos de vítimas e liturgias penitenciais para “pedir perdão”.

No Sábado, dia 16 de Fevereiro, o Vaticano anunciou a redução ao estado laical do ex-cardeal Theodore McCarrick, marcando a primeira vez que tal pena é aplicada a um membro do Colégio dos Cardeais.

A decisão confirmou o decreto do Congresso da Congregação para a Doutrina da Fé, de 11 de Janeiro, que considera aquele cardeal culpado de vários crimes de abuso sexual.