“Facilitar, simplificar, modernizar e desmaterializar”. Foi assim que o Pe. Tiago Freitas, Director do Departamento Arquidiocesano para a Comunicação Social, sintetizou as funções do novo projecto da Arquidiocese de Braga, apresentado hoje ao público no Paço Arquiepiscopal.

O sacerdote explicou sumariamente a nova ferramenta, que acaba por se desdobrar em três vertentes, em conferência de imprensa: uma plataforma de gestão integrada que permite simplificar e automatizar os processos que até agora exigiam trabalho “manual”, um portal informativo que agrega paróquias, departamentos e arciprestados, e uma aplicação para dispositivos móveis.

“Podemos dizer que é uma espécie de «simplex». Numa página apenas é possível gerir o portal bem como processos como casamentos ou baptizados. Os paroquianos também passam a conseguir consultar os seus próprios processos e a fazer coisas que até agora não eram possíveis à distância de um clique, como marcar as intenções de uma eucaristia”, explicou o Director, para logo de seguida afirmar que um dos objectivos desta iniciativa se prende com a poupança de tempo e de recursos.

O novo sistema acaba por ser também assente num pilar de “solidariedade”, já que qualquer paróquia, departamento ou arciprestado da Arquidiocese pode dela usufruir sem implicação de qualquer custo adicional. A vontade de “ir mais longe”, acompanhar as “novas exigências” e fomentar a “transparência e a proximidade” de uma “Igreja em saída” foram outros das razões apontadas pelo sacerdote para o surgimento do “projecto inovador”.

A Arquidiocese, em conjunto com duas empresas de Braga – Peakit e Paleta de Ideias – começou há mais de um ano a trabalhar “intensivamente” no novo sistema, para já denominado de Ekklesia. “É mais um nome de código do que outra coisa, a nomenclatura definitiva poderá não ser essa. Mas para nos entendermos entre todos, para já fazia sentido dar-lhe um nome e nada nos pareceu tão apropriado quanto este”, sublinhou.

Abel Rocha e Nelson Rodrigues, directores da Paleta de Ideias e da Peakit, respectivamente, apresentaram os processos e fases envolvidas na criação das ferramentas. “Tentámos corresponder a todas as necessidades da Igreja, sobretudo tendo em conta os tempos actuais. Já é único o facto de estarmos a falar de um portal que acaba por agrupar cerca de seiscentas páginas; se esta ferramenta fosse adoptada por mais dioceses, haveria um maior cruzamento de dados e informações, o que poderia reduzir significativamente as margens de erro e levar a uma ainda maior celeridade de processos”, afirmou Nelson.

No mesmo dia, a Arquidiocese tornou oficial a abertura da Galeria dos Arcebispos ao público, que estará acessível todas as sextas, pelas 11h00, mediante marcação prévia.