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30 Abr 2022
Levanta-te e segue-Me!
Homilia na Peregrinação Nacional dos Acólitos
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  © Delfim Machado | Basílica da Trindade

1. «Jesus aproximou-se, tomou o pão e deu-lho»

No texto do Evangelho, Jesus aparece de novo aos seus discípulos junto do lago de Tiberíades. É um encontro que acontece no ambiente de trabalho dos discípulos, onde os encontrou pela primeira vez. Da mesma maneira usa as imagens do seu quotidiano (as redes, os peixes e a pesca) para os enviar em missão para uma nova aurora da história do mundo. 

Jesus ressuscitado oferece aos seus discípulos os sinais que se encontram na história quotidiana, como comer o pão e os peixes, para ir além daquilo que ultrapassa a história. A Igreja, ao celebrar o mistério pascal todos os oito dias (Domingo), participa da “Ceia do Senhor”, que é o seu centro, porque nela toda a comunidade encontra o Senhor ressuscitado.

Por isso, tomar parte no serviço do altar como acólitos e acólitas é tão importante para este encontro com Jesus Cristo na comunidade que celebra a Liturgia. O altar é o sinal da presença viva de Jesus ressuscitado.

2. Tu amas-me?

Nesta terceira aparição, Jesus pergunta três vezes a Pedro «Simão, filho de João, Tu amas-Me?». Quando, porém, Jesus ressuscitado pergunta pela terceira vez, Pedro entristeceu-se. Ele presumia não ter necessidade do amor de Jesus, mas as últimas experiências fizeram-no compreender o contrário. Pedro restabelece em si mesmo e na relação com Jesus a paz quebrada pela tríplice negação. Coloca também em evidência a missão do apóstolo que vem muito a propósito no início da semana das vocações.

São Lucas, na narração da primeira pregação apostólica que escutámos na primeira leitura do livro dos Atos dos Apóstolos, sublinha o contraste entre o comportamento dos apóstolos antes e depois da ressurreição. 

Antes, eram cheios de ilusão e fáceis para o desencorajamento diante das provas, depois, revelam-se corajosos, capazes de cumprir a missão que Cristo lhes confiou. Nesta mudança revela-se a eficácia do mistério pascal. Ao serem acusados de perturbar a ordem pública, a sua resposta é clara «Deve obedecer-se antes a Deus que aos homens». Pela ação do Espírito Santo testemunham, com determinação, o essencial da fé, a morte e a ressurreição de Jesus.

Sim, «Jesus Cristo ressuscitado converte a vida do homem numa festa contínua» (Santo Atanásio). 

3. Levanta-te e testemunha

Guiados pela palavra de Jesus Ressuscitado a Saulo, que passou a ser Paulo: «Levanta-te! Eu te constituo testemunha do que viste»(cf. At 26,16), dedicada para o segundo ano do caminho para a JMJ Lisboa 2023, estamos aqui juntos os acólitos e as acólitas das Dioceses de Portugal.

Temos bem na memória agradecida, as palavras que o nosso querido Papa Francisco nos escreveu o ano passado, por ocasião da nossa peregrinação anual: «Por favor, querido acólito, não te deixes cair na mediocridade, que rebaixa e nos torna cinzentos. Mas a vida não é cinzenta, a vida deve apostar em grandes ideais. Não sigas pessoas negativas, mas continua a irradiar à tua volta a luz e a esperança que vêm de Deus! Como sabes, esta esperança não desilude; nunca desilude! Com Deus, nada se perde, mas sem Ele tudo está perdido. Não tenhas medo, pois, de lançar-te nos braços do Pai do Céu, e confiar n'Ele, que providenciará fazer de ti o santo original que Ele quer». 

Assim: «a pastoral juvenil deve sempre incluir momentos que ajudem a renovar e a aprofundar a experiência pessoal do amor de Deus e de Jesus Cristo vivo. Fá-lo-á com diversos recursos: testemunhos, canções, momentos de adoração, espaços de reflexão espiritual com a Sagrada escritura e até com diversos estímulos através das redes sociais» (Christus vivit 214). 

O patrono dos acólitos e acólitas em Portugal é São Francisco Marto, um grande amigo de Jesus. 

Contudo, hoje gostava de vos falar de um jovem que nasceu há 120 anos, na Arquidiocese de Braga, e faleceu há 90 anos na Diocese do Porto, o beneditino Bernardo de Vasconcelos (1902-1932). Ele seguiu Jesus Cristo e preparava-se até para ser Padre, escrevendo com alegre esperança: «desejo tanto chegar ao altar, que nem recordo as responsabilidades e os espinhos... corro para lá, ou melhor... corre para lá o meu pensamento, como os rios para o mar; sou para lá atraído, como a borboleta para a luz». 

Jesus ressuscitado continua a chamar e hoje diz a cada um de nós: levanta-te e testemunha, ou melhor, levanta-te e segue-Me! Com a Senhora Mãe do Rosário de Fátima e de São José prossigamos juntos os caminhos da comunhão e da missão do Evangelho.

 

† José Cordeiro, Arcebispo Primaz

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