Arquidiocese de Braga -
8 maio 2025
D. José exorta a que Eucaristia seja fonte evangelizadora nas comunidades

DM - Jorge Oliveira
O Arcebispo Metropolita de Braga incentivou ontem o presbitério e as comunidades cristãs a viverem a partir da Eucaristia que apontou como fonte evangelizadora.
O desafio foi deixado na abertura do 13.º Conselho Presbiteral, realizado no Seminário Conciliar de S. Pedro e S. Paulo, com o tema “Centralidade da Eucaristia na vida do presbítero”.
“Seria bom que cada um fizesse o melhor que pode, pondo as comunidades e nós próprios a viverem a partir da Eucaristia”, afirmou D. José Cordeiro, apelando a uma celebração litúrgica “bem cuidada”, em sintonia com a recente Nota Pastoral “Liturgia viva da Igreja”, aprovada no dia 1 de maio pela Conferência Episcopal Portuguesa.
Inspirando-se numa pergunta feita um dia pelo servo de Deus D. Hélder da Câmara - “O que fizemos da Eucaristia?”, o prelado alertou para o risco da Eucaristia esta ser “desvalorizada ou banalizada”, perdendo a sua centralidade como memorial de Cristo e fonte de comunhão e missão.
“Que juntos possamos prosseguir fazendo o melhor, contagiando os outros, para que a Eucaristia seja fonte evangelizadora nas nossas comunidades”, exortou.
Na sua intervenção, o Arcebispo frisou que a Eucaristia deve ser o centro da vida do presbítero, não só na celebração, mas também no testemunho diário.
“Se não há bons catequistas, bons pais, bons padres, com modelos operativos, também não se contagia a fé, a vocação”, disse.
O Conselho Presbiteral tem vindo a fazer, nos últimos encontros, o itinerário da vida do presbitério desde a vocação inicial até à formação permanente, passando pelos anos no seminário e os primeiros anos de vida pastoral.
Um dos assuntos em destaque na reunião de ontem foi o Estatuto Económico do Clero, que está em estudos mas já com avanços em áreas como descontos para a Segurança Social (reforma), seguro de acidentes pessoas e tipêndios das próprias celebrações da Eucaristia.
O teor destas matérias foi explicado pelo ecónomo da Arquidiocese, o padre Miguel Paulo Simões, que vai enviar um texto ao clero com que está a ser proposto em termos, por exemplo, de regime de descontos para a Segurança Social.
O Arcebispo defendeu que estas questões devem ser tratadas à luz da justiça social, da dignidade humana e da transparência.
“Trata-se de criar uma cultura de prestação de contas, avaliação e confiança”, explicou, adiantando que o tema será aprofundado noutros órgãos de comunhão da Arquidiocese, como o Colégio dos Arciprestes e Vice-Arciprestes e o Conselho para os Assuntos Económicos, a reunir ainda este mês.
Neste encontro foi apresentado ainda um ponto de situação do documento sobre o acompanhamento dos neo presbíteros e moderador para a vida presbiteral.
O padre Pedro Sousa indicou que este instrumento orientador está «estado germinal», dividindo-se em três partes: “Conhecer e Motivar”, “Escutar e Acompanha” e “Acolher e Confiar”. O período de acompanhamento estabelecido mantém-se em 4-5 anos.
No Conselho Presbiteral foi abordada também a questão dos abusos a menores e pessoas vulneráveis, tendo o Arcebispo indicado que a Arquidiocese continua a trabalhar no processo da formação, da prevenção e acompanhamento, e “agora com a reconfiguração da Comissão de Proteção de Menores e Adultos Vulneráveis da Arquidiocese de Braga, cinco anos depois da primeira nomeação, também na concretização de todo o alinhamento que a Conferência Episcopal no seu todo está a fazer em relação às compensações, à escuta e ao acompanhamento das pessoas vítimas, sem descurar, na caridade e na verdade, todos aqueles que são responsáveis neste processo”.
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