Arquidiocese de Braga -
15 setembro 2025
Peregrinação à Penha mobiliza milhares de fiéis para criação de um mundo com esperança

DM - Joaquim Martins Fernandes
Vários milhares de fiéis participaram ontem na Grande Peregrinação ao Santuário Mariano da Penha, em Guimarães, numa caminhada de fé de quase três horas, que culminou com o apelo ao compromisso cristão de fazer a diferença no mundo e levar a cada pessoa a esperança num futuro melhor que muitos já perderam.
O convite à mobilização dos milhares de peregrinos para a construção um mundo «em que todos se sintam acolhidos e amados» foi feito pelo Cónego José Paulo Abreu, que partilhou com os fiéis uma reflexão em que contrapôs às fragilidades humanas a força transcendente do amor divino que «é garantia» de que a «cruz da missão de cada cristão» é ultrapassada pela garantia do «amor de Deus», que «nunca desiste de cada um» e que garante a força necessária «para levar a esperança a todos».
A reflexão assertiva e “apontada ao coração” com que José Paulo Abreu enquadrou a missão de cada peregrino ao Santuário da Penha foi correspondida com um forte aplauso dos milhares de católicos de todas as paróquias do Arciprestado de Guimarães e Vizela, reação que não é comum ver-se logo a seguir às homilias que marcam as mais diversas peregrinações.
Recordando que no dia em o Arciprestado de Guimarães e Vizela realizou a Grande Peregrinação Arciprestal a Nossa Senhora do Carmo da Penha coincidia com a Festa Litúrgica da Exaltação da Santa Cruz e com a celebração dos 70 anos de vida do Papa Leão XIV, o também Deão do Cabido da Sé Primacial de Braga deixou claro que peregrinar ao santuário mariano vimaranense era uma «afirmação da esperança», porque «a esperança chega quando nos fazemos ao caminho e ajudamos quem precisa» e de forma particular «quando somos o braço estendido para ajudar», salientou o sacerdote natural de Guimarães, apontando para os múltiplos exemplos de esperança que Nossa Senhora protagonizou, a começar por «ter-se posto imediatamente ao caminho para ajudar a prima [santa] Isabel», que já não tinha esperança de ser mãe.
Recordando que Maria, que se venera na Penha como Nossa Senhora do Carmo, foi também sinal de esperança quando se apercebeu a festa que se vivia na “Bodas de Canã” resvalava para a desesperança e alertou Jesus que não havia vinho. «A esperança faz-se também assim – estar atento aos outros e ver o que eles precisam –, mas acreditando que Jesus é o dom máximo da esperança».
É essa certeza que «nos leva mais longe» e faz perceber que não chega que a esperança germine no nosso coração».
É que «temos que ir mais longe e também nós de sermos semeadores da esperança», na certeza de que só assim podemos levar Jesus a todos e todos a Jesus, neste Ano Jubilar em que a Igreja é esperança para um mundo mergulhado em guerras cada vez mais destruidoras».
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