Arquidiocese de Braga -
22 dezembro 2025
Trabalho das Misericórdias é «enorme sinal de esperança»
DM - José Carlos Ferreira
O Arcebispo Metropolita de Braga vincou que o trabalho que as Santas Casas da Misericórdia efetuam todos os dias no território da Arquidiocese é «um enorme sinal de esperança». O reconhecimento foi expresso durante o pequeno-almoço que juntou à mesma mesa no Paço Arquiepiscopal D. José Cordeiro, os Bispos Auxiliares, D. Delfim Gomes e D. Nélio Pita, e os provedores ou representantes das 17 Misericórdias presentes na Arquidiocese de Braga, na manhã de sábado, dia 20.
No encontro, que serviu para as Misericórdias desejarem as boas festas ao Arcebispo de Braga e aos Bispos Auxiliares, D. José Cordeiro considerou que o momento foi, «sobretudo, para nos encorajarmos uns aos outros nesta grande missão de cuidar da vida».
«O Natal é vida, a vida não espera e as Santas Casas da Misericórdia têm uma enorme responsabilidade no nosso território no cuidar da vida desde o nascimento até fim do fim», disse. Para o prelado «as Misericórdias são aquelas casas que constroem diariamente a paz desarmada e desarmante e, por isso, o trabalho dos provedores, das Mesas Administrativas, de todos os corpos sociais, dos colaboradores para com todos, mas de um modo especial para com os mais vulneráveis, os mais pobres, aqueles que mais precisam, é um enorme sinal de esperança no nosso território, na nossa Arquidiocese», vincou.
O prelado pediu a bênção de Deus para as Misericórdias para que possam prosseguir «mais e melhor nesta grande aventura da vida, para que a misericórdia ilumine todos os atos e decisões a tomar num tempo tão complexo».
Em nome dos 17 provedores das Misericórdias com trabalho na Arquidiocese de Braga, a provedora da Misericórdia de Esposende transmitiu os votos de boas festas ao Arcebispo de Braga e aos dois Bispos Auxiliares, pedindo também a bênção dos prelados para levar a bom porto a missão que têm. Emília Vilarinho, reconhecendo que as preocupações das Misericórdias são «sempre grandes», a verdade é que estas instituições estão «imbuídas de muita esperança» e certas que serão sempre capazes de ultrapassar as dificuldades.
«As preocupações são grandes na medida em que todos sabemos, por exemplo, como estão as taxas de envelhecimento em Portugal e não estamos a dar a devida resposta. Falta muito investimento ao nível do atendimento às pessoas idosas. Nós temos essa grande dificuldade, e muitas das nossas Misericórdias têm feito um grande esforço para o alargamentos das suas estruturas assistencial para idosos», salientou. Contudo, sublinhou, «as dificuldades económicas e financeiras são muitas».
Misericórdias sentem dificuldade em contratar pessoas
A provedora da Santa Casa da Misericórdia de Esposende revelou que uma das grandes preocupações destas instituições é a dificuldade cada vez maior em conseguir contratar pessoas para trabalhar nos seus serviços. Segundo a Emília Vilarinho, entre as razões para que isto aconteça está a componente remuneratória. «O Estado tem de nos apoiar mais no sentido de dignificarmos mais os salários dos nossos trabalhadores. Estivemos a conversar entre nós e dissemos que, efetivamente, concordamos com os aumentos que estão previstos, mas não temos os contraponto, não temos o apoio devido e isso pode estrangular algumas das Misericórdias», salientou.
A provedora da Santa Casa da Misericórdia de Esposende sublinhou que apesar das dificuldades, os Provedores são dinâmicos, têm muita força, resiliência e vão continuar a cumprir com a sua missão.
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