Arquidiocese de Braga -

28 abril 2007

V Jornada Diocesana de Pastoral Familiar (Conclusões)

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Helena Guimarães

A Família e a Gestão Financeira

\nDesta formação de amplitude diocesana, é possível reter a necessidade premente de actualizar o conceito de família tal qual o defendemos e na formatação plasmada pelas nossas convicções, pelas nossas crenças e de assumir a família como um valor inquestionável, apesar de estar sujeita e de ser vulnerável a múltiplos ataques, nomeadamente os do marketing agressivo. Daí a importância da solidariedade, da implementação da ideia de Família Solidária a nível paroquial, tendo em vista, não só mas também ajudar as nossas famílias, as famílias mais carenciadas num quadrante mais material. Por que não criar uma poupança ou um fundo de Família Solidária, em que todos os elementos de uma mesma comunidade (paróquia, bairro, rua, prédio, condomínio) se cotizam com contribuições sistemáticas e, sobretudo, exequíveis para o orçamento familiar de cada agregado?
Não percamos de vista que o dinheiro é um instrumento e pragmaticamente todos nós dependemos dele, nomeadamente para a construção de uma segurança, estabilidade e liberdade que nos permite ter uma atitude mais equilibrada nas relações interpessoais que estabeleceremos dentro da nossa casa, do nosso espaço afectivo por excelência, da nossa família. Fazer do dinheiro um cavalo de batalha e por causa dele abdicar de ser e de estar em família não faz qualquer sentido. As crianças precisam do tempo dos pais mais do que as coisas que estes lhes possam dar, precisam da sua proximidade para se desenvolverem e se estruturarem em harmonia, equilibradamente.
Por tudo isto, não nos desviemos do nosso projecto de Família, Família aberta aos outros cujas misérias ladeiam as nossas portas e não nos podem deixar indiferentes. Também a nossa família poderá conhecer limitações (nomeadamente financeiras), mas nem por isso deixará de ter capacidade para, com sentido prático e criatividade, com fé e esperança, com convicções e verticalidade, se solidificar cada vez mais em valores edificantes e se erigir, imune ao lodaçal que a rodeia e a ameaça permanentemente. Cresçamos em Família, solidariamente, firmemente, integrados numa rede de apoio para a qual a Pastoral Familiar e, mais precisamente, as equipas da mesma poderão ter um papel crucial.
Uno verbo, foi intenção desta formação enriquecer efectivamente a nossa caminhada de aventura e de ousadia familiar e contribuir para nos dignificar e nos dar alento como família que somos por opção, por fé e por princípio.
Helena Guimarães, Departamento Arquidiocesano da Pastoral Familiar de Braga