Arquidiocese de Braga -

17 fevereiro 2014

PASTORAL PENITENCIÁRIA DE BRAGA LANÇA CAMPANHA PARA AJUDAR RECLUSOS

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A Pastoral Penitenciária de Braga acaba de lançar uma campanha para ajudar os reclusos dos estabelecimentos prisionais existentes na Arquidiocese de Braga. Esta campanha, intitulada “como se estivéssemos na prisão com eles”, «pretende essencialmente angar

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A Pastoral Penitenciária de Braga acaba de lançar uma campanha para ajudar os reclusos dos estabelecimentos prisionais existentes na Arquidiocese de Braga. 

Esta campanha, intitulada “como se estivéssemos na prisão com eles”, «pretende essencialmente angariar e distribuir produtos de higiene aos reclusos que não têm nada, nem meios nem visitas ou apoio, e assim ajudar a manter a dignidade da pessoa humana e os cuidados de saúde», adianta o  coordenador, o padre João Torres.

Nesse sentido, a Pastoral Penitenciária de Braga está recetiva à dádiva de produtos de higiene pessoal como sabonetes, gel de banho, champô, escovas para lavar os dentes, pastas dentífricas, pomada de barbear e lâminas para cortar a barba. 

Estes produtos podem ser entregues na Basílica do Congregados, em Braga, de segunda a sexta-
-feira, das 08h00 às 18h00; ao sábado, das 08h00 às 18h00; das 21h00 até ao fim da Eucaristia das 22h00, e aos domingos das 08h00 até às 18h00. 

Segundo o padre João Torres, podem ser entregues também donativos monetários, na Basílica, e quem pretender recibo deve deixar os dados (nome, NIF, morada). Os cheques devem ser passados a Arquidiocese de Braga.

A Pastoral Penitenciária de Braga é um departamento da Arquidiocese de Braga que tem vindo a desenvolver voluntariamente, um conjunto de atividades dirigidas à população prisional de Braga, que abrange dois estabelecimentos prisionais (Braga e Guimarães).

Procura sensibilizar a sociedade civil para as carências da população prisional nomeadamente no que se refere aos meios e atividades que promovem a vivência de valores – responsabilidade, dignidade, respeito e solidariedade – a aquisição de competências e a capacidade de escolha e mudança. Fatores decisivos na sua futura reintegração social. 

«A Pastoral Penitenciária quer ser uma presença da Igreja no meio dos irmãos presos, “os mais pobres dentre os pobres, porque privados da sua liberdade”, levando a eles o Evangelho e a presença fraterna cristã», afirma o coordenador numa nota ao Diário do Minho

Segundo o padre João Torres, a Arquidiocese de Braga é das poucas dioceses de Portugal que está a tentar organizar o Departamento Diocesano de Pastoral Penitenciária, cuja missão está focalizada em três áreas: social, religiosa e jurídica. 

Neste momento, procura instalações, oficializar e legalizar nos estabelecimentos prisionais a figura do capelão; formar uma equipa Arquidiocesana da Pastoral Penitenciária; formar voluntários para vários projetos que se encontram na Direção-Geral de Reinserção e Serviços Prisionais para serem aprovados; obter fundos monetários para dar atenção à “prevenção, à prisão e à reinserção”, dos reclusos. 

O padre João Torres lembra que o recente relatório do Comité Europeu para a Prevenção da Tortura sobre o tratamento de que são alvo os presos em Portugal realça a necessidade de serem garantidos os direitos das pessoas detidas, nomeadamente ter «acesso a um advogado», poder «notificar a sua detenção a uma terceira parte» e o «ser informado dos seus direitos». 

Este relatório foi elaborado após a visita de uma delegação, em 2012, às 51 prisões do país, na altura com 12.793 reclusos, número superior à capacidade oficial.

DM, 16 de Fevereiro de 2014