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O Arcebispo Primaz, D. Jorge Ortiga, comparou a estrada percorrida pelos apóstolos Pedro e João até ao túmulo no dia em que Cristo ressuscitou às estradas que devem ser percorridas pela Igreja como preparação para um tempo novo.
Durante a Homilia proferida no Domingo de Páscoa, o prelado enunciou assim cinco caminhos: a estrada da pobreza e humildade, a estrada do acolhimento, a estrada do diálogo com a cultura, a estrada da iniciação cristã e a estrada da comunhão.
Sobre a primeira, D. Jorge Ortiga afirmou que a Igreja do Ressuscitado “deverá ser humilde, reconhecer as suas fragilidades e estar sempre pronta a recomeçar”.
“A humildade traduz-se também num modo simples e pobre de se apresentar ao mundo. Ser pobre é um caminho evangélico que nos ajuda a centrar no essencial. Ajuda-nos, sobretudo, a desprender daquilo que não interessa para sermos ágeis, leves e livres para partir em missão”, acrescentou.
A estrada que se segue é um dos pilares fundamentais da Igreja: a do acolhimento e hospitalidade, capaz de compreender os dramas das pessoas.
“Hospitalidade é a coragem de acolher as pessoas no ponto em que se encontram, com a diversidade de pensamento e fazê-lo sem preconceitos. As pessoas referem-se à Igreja como sendo uma instituição de difícil acesso, burocrática e incapaz de compreender os dramas das pessoas. Por vezes temos tanta vontade de dizer aquilo em que acreditamos que nos esquecemos que, antes de mais, é necessária disponibilidade para escutar”, explicou.
O caminho do diálogo com a cultura tem em conta a simplicidade e reinvenção da linguagem que se exige nos tempos atuais.
“A cultura contemporânea não é a mesma de há algumas dezenas de anos. Muitos não compreendem a nossa linguagem, o nosso imaginário e o nosso pensamento. Esta estrada deve, por conseguinte, conduzir-nos a uma reinvenção da linguagem e das pontes que unem a Igreja e a cultura. Este é um imperativo se quisermos continuar a falar de Jesus”, esclareceu.
A rota da iniciação cristã tem em conta as diversas faixas etárias que compõem o povo de Deus, sobretudo os mais jovens.
“O próprio processo de maturidade humana é cada vez mais tardio e, neste sentido, a Igreja deve ter metodologias adequadas a esta circunstância”, disse o prelado.
A última estrada fala da necessidade de trabalhar em conjunto para levar a cabo uma boa missão, assente no testemunho.
“Longe vão os tempos em que as comunidades trabalhavam de modo isolado e eram autosuficientes. Longe vão os tempos do bairrismo e dos projectos pessoais. A comunhão não só é um testemunho para o mundo como uma necessidade. Peço, por isso, a todas as comunidades cristãs que se preparem para o futuro, que trabalhem em conjunto e coloquem a render os seus talentos em favor das comunidades vizinhas”, asseverou D. Jorge Ortiga.
“As cinco estradas que agora proponho – e poderia indicar muitas outras – conduzem com esperança a Igreja para o «primeiro dia da semana». O dia em que a Igreja fará a experiência do Ressuscitado e, com humildade, regressará ao espírito das bem-aventuranças. Rezo a Deus, e peço a todos os cristãos da nossa Arquidiocese, que esse tempo tenha início hoje mesmo. Hoje é, se assim o quisermos, o primeiro dia. Cristo ressuscitou, aleluia!”, concluiu o Arcebispo de Braga.
P. Paulo Alexandre Terroso Silva
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